Fórum de Boao para Ásia divulga declaração para incentivar globalização econômica

cri Published: 2017-03-27 19:40:43
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A sessão anual do Fórum Boao para Ásia terminou neste domingo (26) com a divulgação da declaração que pede a promoção da globalização econômica. Segundo o texto, a economia mundial assiste o nascer de um sentimento antiglobalização e protecionista, que poderá perturbar o comércio e o investimento global. Nesse contexto, os países asiáticos devem continuar comprometidos com a abertura do mercado, o crescimento inclusivo e a cooperação econômica, no intuito de promover a prosperidade e o desenvolvimento sustentável.

Durante os dois dias do Fórum, os participantes trocaram opiniões sobre o tema "encarar o futuro da globalização e comércio livre". O ex-primeiro-ministro de Singapura, Goh Chok Tong, pediu atenção aos fatores negativos da globalização.

"Devemos prestar atenção aos aspetos negativos da globalização. Acho que o desenvolvimento da globalização, da tecnologia e da internet não pode ser impedido. No entanto, os aspetos negativos da globalização devem ser tratados eficazmente. Os países mas atrasados precisam avançar, e a qualificação e treinamento precisam ser desenvolvidos para que os desempregados tenham um acesso mais fácil ao mercado de trabalho."

O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII) entrou em funcionamento há um ano. Na opinião do presidente do banco, Jin Liqun, não existe perdedor no processo de globalização. A diferença, porém, consiste no grau do benefício. Ele disse que o investimento em infraestrutura pode beneficiar mais pessoas.

"Quero ressaltar que não existe perdedor na economia da globalização, apesar de os países apresentarem diferentes graus de benefícios. Em alguns países, as pessoas podem perder empregos, e o governo precisa ajuda-las pela via do macrocontrole. A queixa não traz benefício para ninguém. O investimento em infraestrutura e o reforço da interconectividade fornecem oportunidades para que os governos desenvolvam diálogos, beneficiando mais pessoas. Portanto, nosso trabalho não é a simples construção de uma ferrovia ou uma usina elétrica em certo país. O que nós desejamos é que todos os projetos de infraestrutura possam ser coordenados de forma adequada, e as pessoas se beneficiem deles."

No encontro dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20, realizado em março na Alemanha, a cláusula "a oposição ao protecionismo" não entrou no comunicado da reunião pela primeira vez em mais de dez anos, devido à oposição dos Estados Unidos. Além disso, a possibilidade de o governo americano aplicar tarifas alfandegárias gerou também preocupação internacional. A nova política cobra impostos para os produtos estrangeiros que entrem nos Estados Unidos, enquanto as mercadorias que o país exporta serão isentas de impostos. O presidente do Banco Popular da China - o banco central chinês, Zhou Xiaochuan, defendeu que o incentivo à exportação depende de permitir que os importadores escolham livremente a matéria-prima e a tecnologia.

"Não sei qual será a decisão final do governo americano, que poderá aumentar as exportações e reduzir as importações. No caso da China, nós aplicamos por anos a política de abertura e estamos cientes de que, para incentivar a exportação, devemos dar liberdade aos importadores de escolher livremente a matéria-prima e a tecnologia. Se a importação for restringida, eles não terão acesso aos produtos com a vantagem do preço. Não terão acesso, portanto, ao que desejam de melhor em matéria-prima, tecnologia e pessoal."

Tradução: Laura

Revisão: Rafael

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