Justiça nos EUA depende da cor da pele
O jovem norte-americano, Kyle Rittenhouse, que em agosto de 2020 matou dois homens e feriu um terceiro a tiro durante os protestos antirracistas e contra a violência policial em Kenosha, no Wisconsin, foi declarado inocente dos cinco crimes de que era acusado no dia 19.
Este julgamento causou grande insatisfação na sociedade estadunidense. A Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) anunciou que esta decisão é uma humilhação para as pessoas que perderam suas vidas. Os familiares do jovem afro-americano, Jacob Blake, alvejado com sete tiros pela polícia, disseram que este julgamento mostrou o racismo sistêmico nos sistemas judiciário e policial.
Em agosto de 2020, um policial atirou em Jacob Blake pelas costas, o deixando paraplégico. O incidente gerou uma onda de protestos contra a brutalidade policial com a comunidade negra, e foi exatamente nesta manifestação que Rittenhouse matou dois manifestantes na mesma cidade e feriu um terceiro.
Mesmo que a morte George Floyd tenha provocado o movimento “Black Lives Matter” (Vidas negras importam) nos EUA, a violência policial aplicada à comunidade afro-americana não diminuiu, o que demonstra o profundo racismo da sociedade norte-americana contra os afrodescendentes.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart