Aliança AUKUS intensifica risco nuclear
O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, assinou um acordo com diplomatas britânicos e norte-americanos, que permitirá a troca de “informações sobre energia nuclear da marinha” entre os três países. Conforme o tratado de parceria de segurança entre Austrália, Reino Unido e EUA (Aliança AUKUS), firmado em setembro deste ano, a Austrália vai obter oito submarinos nucleares avançados.
O Instituto da Paz Internacional de Estocolmo, na Suécia, apontou o risco do projeto de submarinos nucleares da AUKUS de causar uma corrida armamentista na região. A preocupação ficou mais forte em países do Sudeste Asiático. Segundo o ministro da Defesa indonésio, Prabowo Subianto, a posição de seu país é que o Sudeste Asiático continua mantendo a não existência nuclear. “Estamos preocupados com o fato de que mais países procurem submarinos nucleares”, disse ele. O ministro da Defesa malaio, Hishammuddin Hussein, destacou que ninguém espera o surgimento de confrontos nestas águas e ninguém pode suportar os resultados.
Especialistas de controle de armas frisaram que a construção de submarinos nucleares da Austrália, com a ajuda dos EUA e Reino Unido, trará riscos de disseminação de materiais e tecnologias nucleares e vai afetar o sistema de não proliferação nuclear global. Afinal, o incidente de colisão com montanhas do submarino Seawolf-class SSN dos EUA no Mar do Sul ocorreu só em outubro. De fato, o vazamento e proliferação nuclear está perto de todos.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Diego Goulart