Diplomata chinês se reúne com conselheiro de segurança nacional dos EUA
Yang Jiechi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), se reuniu em Zurique nesta quarta-feira com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
As duas partes, de forma franca, trocaram opiniões abrangentes e aprofundadas sobre as relações China-EUA, assim como assuntos internacionais e regionais de interesse comum. A reunião foi descrita como construtiva e propícia para aumentar o entendimento mútuo.
Os dois lados concordaram em agir, seguindo o espírito do telefonema entre os chefes de estado chinês e norte-americano em 10 de setembro, fortalecer a comunicação estratégica, administrar adequadamente as diferenças, evitar confrontos e conflitos, buscar benefício mútuo e resultados de ganho recíproco e trabalhar em conjunto para trazer as relações China-EUA de volta ao caminho certo de desenvolvimento sólido e estável.
Yang disse que se a China e os Estados Unidos podem administrar bem suas relações ou não tem influência nos interesses fundamentais dos dois países e seus povos, assim como no futuro do mundo.
Quando a China e os Estados Unidos cooperarem, os dois países e o mundo se beneficiarão; quando a China e os Estados Unidos se confrontarem, os dois países e o mundo sofrerão gravemente, alertou Yang, também diretor do Escritório da Comissão de Assuntos Exteriores do Comitê Central do PCCh.
O lado dos EUA precisa ter um conhecimento profundo da natureza mutuamente benéfica das relações bilaterais e compreender corretamente as políticas internas e externas e intenções estratégicas da China, assinalou Yang, acrescentando que o país se opõe a definir as relações com os EUA como "competitivas".
Yang disse que a China dá importância aos comentários positivos sobre os laços bilaterais feitos recentemente pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e que o país asiático notou que o lado norte-americano disse que não tem intenção de conter o desenvolvimento da China e não está buscando uma "nova Guerra Fria".
A China espera que o lado estadunidense possa adotar uma política racional e pragmática em relação à China e, junto com o país asiático, seguir um caminho de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação de benefício mútuo, com respeito pelos interesses centrais e principais preocupações de cada um.
Durante a reunião, Yang expôs a posição solene da China sobre os assuntos relacionados a Taiwan, Hong Kong, Xinjiang, Tibet e direitos humanos, assim como os assuntos marítimos, instando os Estados Unidos a respeitarem realmente a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento chineses, e a pararem de usar as questões acima para interferir nos assuntos internos do país.
O lado dos EUA expressou sua adesão à política de Uma Só China.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre mudanças climáticas e assuntos regionais de interesse comum.
Ambos concordaram em manter diálogo e comunicação regulares sobre assuntos importantes.