Comentário: EUA nunca tratam ninguém como verdadeiro amigo
A França esteve preparando uma atividade comemorativa para os 240 anos da vitória da Batalha de Chesapeake no dia 17 junto com os Estados Unidos. Mas um dia antes, EUA, Reino Unido e Austrália anunciaram o estabelecimento da Aliança de Segurança Indo-Pacífico, o que fez com que a Austrália não assinasse um acordo já prometido relacionado à negociação de submarinos com a França. Devido a isso, a parte francesa se sentiu muito insatisfeita com Washington e cancelou a atividade comemorativa.
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que foi esfaqueado nas costas. Vale lembrar que a Batalha de Chesapeake, também conhecida como Batalha da baía de Chesapeake, foi uma batalha naval crucial travada durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos que aconteceu na costa da baía de Chesapeake em 5 de setembro de 1781 entre as frotas britânica, liderada pelo almirante Thomas Graves, e francesa, liderada pelo almirante François Joseph Paul.
A França tem sofrido muito nos últimos anos com as traições dos EUA, como a espionagem contra os líderes europeus, o roubo dos materiais antipandêmicos da Europa, a retirada surpresa das tropas do Afeganistão entre outras.
O Reino Unido e a Austrália devem lembrar também o fato de que os EUA só consideram importante seus próprios interesses e nunca tratam ninguém como verdadeiro amigo. Por exemplo, a Boeing dos EUA e a Airbus da França são as adversárias principais no setor da aviação civil. A fim de apoiar sua empresa, os EUA aplicaram tarifas punitivas contra países europeus, incluindo o Reino Unido, por mais de 17 anos.
Os EUA e a Austrália também têm uma concorrência forte no setor comercial. Em junho do ano passado, as relações entre a Austrália e a China foram tensas e os EUA aproveitaram a oportunidade para assinar acordos de negócios com a China. A imprensa australiana reclamou recentemente que Washington sempre causa prejuízo à Austrália e que promover uma aliança econômica com os EUA para lutar contra a China pode ser uma decisão errada.
Além disso, os EUA são um país que possui armas nucleares, enquanto o Reino Unido e a Austrália não. Mas os EUA apoiam os dois parceiros no desenvolvimento de tecnologias nucleares para fins militares, o que viola gravemente as regras internacionais, principalmente o Acordo de Não-Proliferação Nuclear. Esta conduta com certeza causará a insatisfação do Irã e da República Popular Democrática da Coreia. Caso ocorra uma corrida armamentista, a paz e a segurança internacional serão gravemente ameaçadas.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz