Afeganistão 2001-2021: uma “guerra antiterrorismo”
A guerra do Afeganistão terminou exatamente como começou. O país mais uma vez chegou a uma encruzilhada quando os EUA retiraram seus soldados traumatizados da guerra mais longa da sua história, porém, com o Talibã voltando ao poder que havia sido destituído há 20 anos. O Afeganistão, uma região montanhosa situada no centro da Ásia, há muito tempo tem sido campo de batalha para potências globais, mas nunca foi conquistado e, portanto, recebeu o apelido de “Cemitério dos Impérios”.
Na série “Through the Lens: Afghanistan 2001-2021”, mergulha-se nas cicatrizes que a guerra deixou no Afeganistão e no seu povo com medo, ira e resiliência. O primeiro episódio foca nos ataques de 11 de setembro e como eles levaram os EUA a travar a “guerra antiterrorismo”.
Na manhã de 11 de setembro de 2001, a notícia chocou o mundo - um avião colidiu com o World Trade Center em Manhattan. Logo depois, às 9h03, outro avião caiu e enormes nuvens de fumaça subiram das torres gêmeas para o céu azul e claro da cidade de Nova York. Os dois edifícios de 110 andares desabaram em uma hora.
Menos de um mês depois, em 7 de outubro de 2001, o então presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou o lançamento da Operação Liberdade Duradoura, que marcou o início da guerra global dos EUA contra o terrorismo. Com o apoio do Reino Unido e de outros aliados, o exército dos EUA começou uma campanha de bombardeio no Afeganistão contra as forças do Talibã. A primeira onda de forças terrestres americanas chegou 12 dias depois.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart