“Porta giratória” do combate antiterrorista dos EUA
Os EUA foram atingidos pelo ataque terrorista mais grave na história no dia 11 de setembro de 2001. Após o ocorrido, o país invadiu o Afeganistão sob a premissa de uma “guerra antiterrorista” e o motivo de que o Talibã não havia entregado Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda.
Vinte anos depois, a guerra no Afeganistão, que foi a guerra de maior duração dos EUA, teve seu ponto final com a retirada inesperada das tropas norte-americanas do país asiático e a retomada do poder pelo Talibã.
Embora a guerra do Afeganistão tivesse sido lançada para combater o terrorismo, o número de organizações terroristas no país aumentou nos últimos 20 anos e um grande desastre humanitário se consolidou. Mais de 30 mil civis afegãos morreram, 60 mil ficaram feridos e 11 milhões de pessoas se tornaram refugiados devido às operações militares norte-americanas.
Já nos EUA, os quatro presidentes que governaram o país durante esses 20 anos adotaram políticas conflitantes. Em 2002, o então presidente George W. Bush disse que os EUA se tornariam um “parceiro na reconstrução do Afeganistão”. O atual presidente, Joseph R. Biden, afirmou que “a tarefa dos EUA no Afeganistão nunca foi suposta a ser a construção do país”.
A guerra antiterrorista no Afeganistão foi realizada com o objetivo de salvaguardar os interesses dos próprios norte-americanos, mas os EUA gastaram mais de US$ 2 trilhões para promover a “democratização” no país asiático.
Não apenas no Afeganistão, mas o Iraque e a Síria também não conseguiram evitar a “reforma democrática” dos EUA. Em 2003, Washington deu início à guerra do Iraque com provas criadas da existência de armas de destruição em massa. Desde o surto da crise da Síria em 2011, os EUA têm apoiado forças antigovernamentais para interferir nos assuntos no país.
Após 20 anos da guerra antiterrorista, os EUA regressaram ao ponto inicial sem resolver os problemas que se propuseram sanar.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Gabriela Nascimento