Bolsonaro se compromete a acabar com desmatamento ilegal na Amazônia até 2030
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, e para isso disse que o país necessitará de "recursos volumosos e políticas públicas amplas", informaram fontes oficiais.
Em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgada nesta quinta-feira pela Presidência brasileira, Bolsonaro admitiu o aumento das taxas de desmatamento desde 2012 e disse que tanto o Estado como a sociedade precisam melhorar o combate ao crime ambiental.
"Queremos reafirmar este ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por Vossa Excelência, nosso compromisso de eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", escreveu Bolsonaro.
Para alcançar essa meta de desmatamento zero nesta mesma década, Bolsonaro disse que o Brasil necessitará contar com o apoio de governos, do setor privado, da sociedade civil e da comunidade internacional.
"As principais causas da degradação ambiental estão na pobreza e na falta de oportunidades e, portanto, trabalhar pela preservação ambiental passa, também, pela promoção do desenvolvimento econômico", acrescentou.
Para Bolsonaro, é necessário criar alternativas econômicas que reduzam o apelo das atividades ilegais e dar condições para que os 25 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia possam prosperar materialmente com seus próprios esforços.
Nesse sentido, considerou que não se pode combater o desmatamento apenas com medidas de fiscalização ou "jamais alcançaremos resultados duradouros no domínio ambiental".
O presidente brasileiro citou ainda algumas das iniciativas realizadas pelo país para a preservação do meio ambiente, como projetos nas áreas de bioeconomia, regularização fundiária, zoneamento ecológico-econômico e o pagamento por serviços ambientais.
Bolsonaro enviou a carta a Biden com motivo da Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo presidente norte-americano e prevista para realizar-se em 22 de abril.
Desde o ano passado, o Brasil tem sido criticado duramente na comunidade internacional pelo grande aumento das taxas de desmatamento e das queimadas na Amazônia brasileira, considerada como a maior floresta do mundo.