Ex-presidente Lula se vacina e convoca a população para derrotar o "monstro" do coronavírus

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) defendeu neste sábado a vacinação em massa da população contra o coronavírus, ao receber a primeira dose da imunização em um posto de atendimento 'drive-thru' em São Bernardo do Campo, cidade da Grande São Paulo, onde reside.

"Tudo que o povo quer é tomar uma vacina para se ver livre desse monstro chamado coronavírus. É preciso se cuidar para que amanhã não esteja chorando a morte de um ente querido", disse Lula, de 75 anos, após ser vacinado com a primeira dose.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) foi diagnosticado com COVID-19 em Cuba, onde esteve no final de dezembro e início de janeiro para participar de um documentário que está sendo realizado pelo diretor de cinema norte-americano Oliver Stone.

O ex-presidente recuperou na segunda-feira seus direitos políticos, o que lhe permitirá candidatar-se às eleições presidenciais de 2022, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, anulou as condenações contra ele decretadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, (estado do Paraná) relacionadas às investigações da Operação Lava Jato, que tinham lhe impedido de concorrer em 2018.

Lula se dirigiu ao local da vacinação acompanhado no carro pelo deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandro Padilha e usando uma máscara vermelha com a estrela símbolo do partido que fundou em 1980.

Segundo Padilha, o ex-presidente recebeu a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac e deverá tomar a segunda dose dentro dos próximos 14 ou 21 dias.

O município de São Bernardo do Campo começou neste sábado a vacinar as pessoas de 75 anos, idade do ex-presidente, dentro do plano nacional de imunização do governo brasileiro, que foi iniciado em 17 de janeiro no estado de São Paulo e, a partir do dia seguinte, em todo o país.

Balanço da vacinação contra COVID-19 deste sábado realizado pelas secretarias estaduais de saúde e divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa indicou que 9.667.997 pessoas (4,57% da população brasileira) já receberam a primeira dose da vacina, enquanto 3.539.612 pessoas (1,67% da população do país) já tomaram a segunda dose.

Até agora, as duas vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são a Coronavac e a da AstraZeneca-Universidade de Oxford.

Na noite da sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que tem acordos para adquirir 424,5 milhões de doses de vacinas de vários laboratórios até dezembro.