Comentário: O que indica a decisão da NYSE de cancelar a exclusão de empresas chinesas?
A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) anunciou nesta segunda-feira (4) o cancelamento da exclusão de três empresas chinesas de telecomunicações.
Conforme uma declaração divulgada em 31 de dezembro, a NYSE decidiu suspender, antes das 4h do dia 11 de janeiro, as negociações das três operadoras chinesas, nomeadamente, China Mobile, China Telecom e China Unicom, sob o pretexto de observação de uma ordem administrativa do governo norte-americano promulgada em novembro do ano passado.
A ordem, afinal, foi um truque do governo dos EUA de politizar as questões econômicas e comerciais antes da mudança de mandato. A NYSE só desempenha um papel de “artilheiro” para suprimir a China.
Agora, a NYSE anulou a decisão a partir de muitas ponderações. Caso ela seja efetuada, os interesses da própria Bolsa e do país sofrerão prejuízos profundos.
Primeiro, suprimir empresas que sempre operaram com base em leis e regulamentos danificará as normas e a ordem normal de mercado e prejudicará os interesses legítimos de investidores estrangeiros.
Segundo, se forem excluídas da NYSE, as empresas chinesas enfrentarão influências limitadas devido a seu pequeno tamanho de verbas na Bolsa. No entanto, a ação de retirada afetará a confiança global no mercado de capitais dos EUA, a qual é baseada na abrangência e certeza de suas normas e sistemas.
Atualmente, as relações sino-norte-americanas estão em uma encruzilhada. Só quando os dois países seguirem para a mesma direção, a “janela de esperança” será aberta. O respeito às normas de mercado e à administração conforme a lei, assim como a proteção dos interesses legítimos de investidores, deve ser uma opção sensata para ambos os lados.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz