Bolsonaro afirma que Brasil não irá atrás das farmacêuticas para comprar vacinas contra COVID-19

Fonte: Xinhua Published: 2020-12-29 17:28:05
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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira que são os laboratórios que desenvolvem vacinas contra a doença do novo coronavírus (COVID-19) que têm que contatar o governo para vender seus produtos e não o contrário.

Em declarações a um grupo de apoiadores que lhe perguntaram quando o Brasil começará a vacinar sua população, como já acontece em vários países, Bolsonaro ressaltou que nenhuma empresa farmacêutica apresentou ainda o pedido para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize seu uso no Brasil.

"O Brasil tem 210 milhões de habitantes, um mercado consumidor de qualquer coisa enorme. Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles não apresentam documentação na Anvisa? Tem gente que diz que tenho que ir atrás. Não! Quem quer vender é que tem", disse Bolsonaro na porta do Palácio do Planalto, em Brasília.

O presidente acrescentou que a autorização para usar as vacinas no Brasil necessita de tempo e não pode ser feita com pressa.

"Escrevi hoje que não estava preocupado com a pressão. Disse que porque temos que ter responsabilidade, certas coisas não podem ser feitas correndo, você está brincando com a vida do próximo. A imprensa me criticou duramente. Agora, se eu digo 'corre aí' para a Anvisa, que é um órgão de Estado, vão dizer que estou interferindo", enfatizou.

Apesar de o Brasil ser o segundo país do mundo com mais mortes por COVID-19 e o terceiro em número de casos, a Anvisa ainda não recebeu nenhum pedido para autorizar o uso de vacinas contra o vírus no Brasil.

Nesta segunda-feira, a farmacêutica Pfizer informou que a Anvisa lhe pediu "análises específicas" que demandam mais tempo para requerer o uso emergencial do imunizante e que, por enquanto, seguirá com o processo de submissão contínua, encaminhando os dados técnicos da vacina à Anvisa à medida que forem gerados.

Até agora, o governo brasileiro fez um acordo com a AstraZeneca para comprar 100,4 milhões de doses até julho e mais 30 milhões no segundo semestre. O acordo prevê a transferência de tecnologia para que o Brasil produza a vacina em seu território, com a estimativa de fabricar 160 milhões de doses.

Brasil também tem outro acordo com a iniciativa mundial Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que prevê adquirir 42,5 milhões de doses.

Segundo o último balanço divulgado nesta segunda-feira pelo governo brasileiro, a COVID-19 já causou a morte de mais de 191 mil pessoas e infectou mais de 7,5 milhões.

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