Acadêmico brasileiro espera fortalecer intercâmbio cultural China-Brasil
Em uma entrevista ao Grupo de Mídia da China, o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marcos Cordeiro Pires, disse que espera que a China e o Brasil produzam em conjunto mais conteúdos na área cultural para fortalecer o intercâmbio na área entre os dois países.
No Seminário do BRICS sobre a Governança de Estado e o Fórum para Intercâmbio Cultural 2020 realizado recentemente, Pires expressou seu pensamento sobre a situação atual dos intercâmbios culturais entre a China e o Brasil, e suas ideias sobre como os dois países podem fortalecer ainda mais a cooperação cultural no futuro. Ele afirmou que em mais de 10 anos, o intercâmbio e a cooperação entre os dois países se tornaram cada vez mais próximos. Como membro da diretoria do primeiro Instituto Confúcio no Brasil, Pires testemunhou o importante papel desempenhado pela instituição na promoção do intercâmbio cultural entre a China e o Brasil.
O professor disse que o Instituto Confúcio desempenha um papel fundamental no intercâmbio cultural entre os dois países. Além da oferta do ensino de mandarim e da cultura chinesa, o instituto também é uma plataforma muito importante para contatos institucionais. Isso viabiliza a realização de eventos, como festival de cinema, organização de shows e também um maior contato do povo brasileiro com a cultura chinesa.
Em seu discurso no Fórum, Pires afirmou que, atualmente, muitos brasileiros estão entendendo cada vez mais sobre a situação real na China, e os principais veículos de imprensa no Brasil também estão aumentando suas reportagens sobre a China.
Segundo o professor, agora está aumentando a troca de acadêmicos entre a China e o Brasil, e também a produção de notícias e documentários que permite aos povos dos dois países poderem se conhecer melhor. “Vale ressaltar a parceria entre o Grupo de Mídia da China e o Grupo Bandeirantes, que permite a produção conjunta e a comunicação cooperativa entre os dois países”, destacou Pires.
Ele disse que muitos brasileiros agora gostam da cultura tradicional chinesa, experimentam a comida chinesa, aprendem Kungfu chinês e leem literatura chinesa. Os jovens no Brasil também gostam de usar Tiktok, e preferem produtos de marcas chinesas, como Xiaomi. Nos últimos anos, elementos da cultura chinesa foram se tornando gradualmente tema de muitas escolas de samba em desfile de carnaval. Pires expressou sua esperança de que, em um futuro próximo, o povo chinês também tenha um conhecimento mais profundo da cultura brasileira.
Na entrevista, Pires apontou que quando se trata do Brasil, muitos estrangeiros geralmente só pensam em elementos culturais brasileiros como samba, futebol e bossa nova. Portanto é muito importante promover o desenvolvimento de filmes e literatura entre os dois países. No futuro, Pires acredita que o intercâmbio cultural e o entendimento mútuo entre os povos da China e do Brasil podem ser fortalecidos ainda mais por meio da produção conjunta de conteúdos, como filmes, documentários, publicação de livros, jornais chineses em português e periódicos brasileiros em mandarim.
Tradução: Cecília Ma
Revisão: Diego Goulart