Comentário: Suécia não deve reprimir empresas chinesas
No dia 20, as autoridades da Suécia declararam a decisão de proibir a participação das empresas chinesas Huawei e ZET na construção da rede 5G por causa da segurança nacional. Além disso, o país vai remover todas as instalações da ZET até o dia 1º de janeiro de 2025.
Assim, a Suécia fica no lado dos Estados Unidos para reprimir as empresas chinesas também sob pretexto da chamada segurança nacional.
Na história, a Suécia é o primeiro país ocidental que estabeleceu relações diplomáticas com a China. Isso aconteceu no dia 9 de maio de 1950, ou seja, apenas sete meses depois do estabelecimento da República Popular da China. No entanto, nos últimos anos, o país nórdico emitiu, em muitas ocasiões, opiniões erradas nas questões de direitos humanos, Hong Kong, Xinjiang, entre outras.
Desta vez, o governo sueco tomou mais uma decisão anti-China. Vale lembrar que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, visitou várias vezes o norte da Europa para fazer intrigas entre a China e os países nórdicos.
Mas a Suécia não deve ser uma vítima das políticas hostis dos EUA contra a China. No último período, as empresas chinesas de telecomunicações fizeram importantes contribuições para a construção da infraestrutura sueca e não há nenhuma evidência de que as atividades das empresas chinesas prejudicaram a segurança nacional do país. Por isso, esta decisão violou as regras do livre comércio e colocou mais obstáculos nas relações bilaterais com a China. O perfil internacional de independência, autodeterminação e cooperação multilateral da Suécia também será prejudicado.
O governo sueco talvez considere que as sanções contra as empresas chinesas possam proteger suas empresas de telecomunicações. No entanto, qualquer medida protecionista não favorece o mercado de concorrência justa. A Ericsson, da Suécia, também recebeu encomendas de grandes valores na construção do 5G na China. Se a China tomar contramedidas, as empresas suecas serão prejudicadas.
A Associação Europeia para a Concorrência nas Telecomunicações (ECTA, na sigla em inglês) publicou recentemente uma declaração em seu site oficial, condenando as sanções contra os fornecedores dos serviços de 5G da China devido às razões geopolíticas. Segundo a declaração, reprimir empresas chinesas não só destruirá a concorrência normal do setor de telecomunicações, como também prejudicará os interesses da União Europeia.
Enfim, a parte sueca deve considerar mais prudentemente suas decisões para não causar resultados mais catastróficos.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Gabriela Nascimento