Ex-presidente de Moçambique admira apoio da China nos momentos difíceis
O dia 25 de junho marca os 45 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Moçambique. O ex-presidente moçambicano, Joaquim Alberto Chissano, fez uma retrospectiva sobre a amizade e os resultados de cooperações entre os dois países ao conceder uma entrevista exclusiva para o Grupo de Mídia da China.
Joaquim Chissano salientou que a China é um país amigo de longa data, que acompanhou e sempre apoiou o povo moçambicano contra o colonialismo e na luta pela libertação. Ele não se esquece da cena na qual a China apresentou as cartas credenciais no mesmo dia da independência de Moçambique em 1975. “Desde aí as nossas relações não cessaram de crescer,” enfatizou o ex-presidente.
Ao longo dos 45 anos, Moçambique e a China têm consolidado a confiança politica mútua e aprofundado as cooperações em todas as áreas. Para Joaquim Chissano, o mais admirável é que nos momentos de calamidades naturais a China sempre veio prontamente dar sua ajuda humanitária. “O país enviou equipas médicas, que continuam até hoje, e são milhões de moçambicanos que passaram pela mão desses médicos,” contou ele. Além disso, houve uma grande assistência alimentar e de meio de transporte, etc. Apontou que esse apoio consequente mostra a sensibilidade do governo e povo chinês para com o povo moçambicano.
Agora, diante da pandemia do novo coronavírus, “a China também está presente,” disse Joaquim Chissano, detalhando o envio dos equipamentos e materiais para proteção e teste, bem como a troca de experiências.
Chissano expressou altos elogios acerca dos resultados consideráveis da parceria Moçambique-China. Além dos êxitos comerciais, ele citou um exemplo na sua terra natal, Chibuto, onde a China lançou um projeto para ajudar a exploração da minas e gás.
Na área agrícola, o projeto de cooperação entre os dois lados faz com que o arroz não apenas consiga satisfazer as necessidades alimentares de Moçambique e possa ser exportado para outros países. “Nesse projeto, os chineses apoiam os camponeses no seu próprio terreno, transferem as tecnologias e dão os conhecimentos a eles. É tudo em conjunto,” falou emocionado o ex-chefe de Estado. Já a construção da Grande Circular de Maputo e da Ponte sobra a Baía de Maputo são duas obras admiradas que mudaram os aspectos da cidade para melhor.
Moçambique era uma parada importante da antiga Roda da Seda Marítima e hoje é um participante ativo da iniciativa Cinturão e Rota. Joaquim Chissano vê este projeto como uma oportunidade de desenvolvimento para todos os países. Ele está com boas expectativas de que Moçambique servirá como um centro de distribuição dessa nova Rota para ligar os países do continente africano.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Gabriela Nascimento