Empresas estadunidenses votam por continuar na China apesar de obstáculos
Será que as empresas norte-americanas vão deixar o mercado chinês diantes das disputas comerciais, da pandemia do novo coronavírus e das repetidas ameaças do presidente Donald Trump de romper as relações com a China? O escritor alemão e especialista sobre a China, Frank Sieren, esclareceu este questionamento em seu artigo publicado recentemente no site de Deutsche Welle, emissora pública internacional da Alemanha.
De acordo com Sieren, nada coloca um fim à determinação das empresas estadunidenses com o mercado chinês em crescimento.
Segundo uma pesquisa realizada pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos na China em abril, 83% das empresas entrevistadas não planejam retirar seus negócios do país. Apenas 9% afirmaram ter tomado medidas para deixar o país apesar de Larry Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, ter prometido pagar os custos das empresas que decidirem retornar aos Estados Unidos. Países como Índia e Indonésia também estão oferecendo incentivos para atrair empresas norte-americanas.
Várias grandes empresas norte-americanas aumentaram sua presença na China nas últimas semanas, incluindo a Tesla.
Mas não é apenas na indústria automobilística. Grandes companhias em outras áreas também mantiveram suas “estratégias chinesas”. A gigante petrolífera dos EUA Exxon Mobil anunciou recentemente que expandirá seus negócios na China, assim como os dois maiores grupos de varejo do mundo, Costco e Walmart.
Suas estratégias estão ligadas diretamente com o atual ambiente do mercado e a situação econômica.
Tal como observou o economista-chefe do Deutsche Bank, Michael Spencerl, a recuperação econômica da China será impressionante.
“Os consumidores chineses estão de volta e a recuperação no consumo está acontecendo em grande escala”, apontou a revista norte-americana Fortune.
Ao mesmo tempo, a China adota várias medidas para manter sua atração com empresas norte-americanas. O Banco Industrial e Comercial da China concedeu um empréstimo de US$ 563 milhões à Tesla, e a Ford também recebeu apoio para acelerar as cadeias de produção e suprimentos.
Os fatos provam que meios políticos não são onipotentes. A economia funciona seguindo sua própria regra em busca de lucro. As empresas estadunidenses continuam optando por permanecer na China apesar dos obstáculos causados pelas disputas comerciais, a pandemia e as ameaças de Donald Trump.
Tradução: Zhu Jing
Revisão: Diego Goulart