Comentário: Regularidades econômicas não permitem desacoplamento dos EUA e China

Published: 2020-06-22 19:35:57
Share
Share this with Close
Messenger Messenger Pinterest LinkedIn

Os EUA anunciaram recentemente que seu completo "desacoplamento" da China ainda está dentro das opções políticas. Ao mesmo tempo, porém, oficiais de alto nível norte-americanos nas áreas de economia e comércio disseram que a dissociação das economias sino-norte-americanas "não é viável".

Cada vez mais personalidades do setor econômico internacional e da mídia acreditam que a divulgação de comentários extremos sobre o desacoplamento da China nada mais é do que um estilo sensacionalista voltado às eleições dos EUA.

A essência da dissociação, de fato, é uma questão de regularidades econômicas. Devemos considerar sua viabilidade em primeiro lugar.

Recentemente, alguns estudiosos americanos apontaram que a eliminação apressada da dependência da China pode acabar não apenas cortando relações econômicas importantes e saudáveis com a China, mas também bloqueando seus laços econômicos com outros países.

Eles comparam a economia sino-norte-americana a um par de "gêmeos siameses", "conectados por tecidos nervosos e compartilhando um sistema comum de órgãos e circulação sanguínea". "Dissociar" países com relações econômicas complicadas é como fazer uma operação complicada. Antes de usar o bisturi, é melhor entender cuidadosamente onde os órgãos vitais do paciente estão localizados.

De fato, coisas semelhantes já aconteceram nas sanções dos EUA contra empresas chinesas. Observa-se que o Departamento de Comércio dos EUA anunciou o cancelamento da ordem que proibia empresas norte-americanas de realizar negócios com a empresa chinesa Huawei, permitindo que elas cooperem no desenvolvimento de padrões da rede 5G.

Muitos analistas apontaram que as empresas de tecnologia chinesas lideram atualmente o mundo em pesquisa e desenvolvimento de 5G, e suas vozes na formulação dos padrões deste setor continuam a aumentar. Se os EUA não cancelarem a ordem anterior, as empresas do país não poderão participar totalmente da formulação dos padrões da rede 5G, o que inevitavelmente prejudicará sua própria competitividade.

E as regras econômicas no cenário internacional não são algo que os políticos americanos possam mudar à vontade. O jornal Wall Street Journal noticiou recentemente que, apesar dos atritos econômicos e comerciais, o volume comercial bilateral entre os EUA e a China subiu para quase US$39,7 bilhões em abril, um aumento de quase 43% em relação a fevereiro. Isso significa que a China se tornou mais uma vez o maior parceiro comercial dos EUA. Isso também comprova mais uma vez o absurdo do chamado "desacoplamento".

Não apenas as mídias norte-americanas reconheceram isso. Filippo Gori, CEO da JP Morgan Asia-Pacific, disse recentemente em uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China que a China está começando a mostrar sinais de recuperação em forma "V" e que a recuperação econômica do país beneficiará a recuperação do mercado global. Ele também disse que o ano de 2021 é o ano do centésimo aniversário da operação da JP Morgan na China e a empresa espera alcançar um desenvolvimento abrangente dos negócios no país.

No que diz respeito à China, a sua posição na cadeia industrial global de hoje é muito importante e possibilita um equilíbrio ideal entre o custo e a eficiência com a integração orgânica de recursos por empresas de todo o mundo durante muitos anos. O impacto de curto prazo da epidemia do novo coronavírus não muda a vantagem competitiva da China. A saída da China às pressas só fará as empresas norte-americanas perderem esse mercado com grande potencial.

Tradução: Paula Chen

Revisão: Gabriela Nascimento

Share

Mais Populares

Galeria de Fotos

Artesanatos decorados com fios de ouro de 0,2mm
Artesão de Hainan produz instrumento musical com cocos
Artista polonês constrói uma casa em formato de chaleira
Escola primária em Changxing comemora o Dia Mundial da Terra
Vamos proteger a Terra com ações práticas
Terras abandonadas são transformadas em parque de chá em Yingshan na província de Sichuan

Notícias

EUA não querem paz na Ucrânia
Equipe médica chinesa oferece consultas médicas gratuitas em São Tomé e Príncipe
Comentário: Destino de Assange revela a realidade da “liberdade do estilo norte-americano”
Dia Internacional da Língua Chinesa é celebrado em São Tomé e Príncipe
Investimento estrangeiro na China mantém crescimento no primeiro trimestre em 2022
Explosões no Afeganistão deixam pelo menos 34 mortos e 102 feridos