Comentário: “Defensores dos direitos humanos” dos EUA, cadê sua vergonha?
“Está na hora dos EUA serem julgados, assim como Washington fez a outros países.” Esta foi uma frase na correspondência apresentada pela União da Liberdade Civil dos EUA ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Na carta, a instituição estadunidense pediu à ONU a realização de uma reunião emergencial sobre a violência dos policiais dos EUA contra os manifestantes e investigação dos casos concernentes, além de solicitar apoio da ONU à sociedade dos EUA para responsabilizar o governo estadunidense.
Manifestações dos direitos humanos, causadas pela morte de George Floyd, estão se espalhando em todos os cantos dos EUA. Segundo uma sondagem feita pelo Jornal The Wall Street e NBC, 80% dos estadunidenses consideram que o país está fora de controle. Porque a maior superpotência do mundo ficou assim?
A Sociedade Chinesa de Estudos dos Direitos Humanos publicou hoje (11) um artigo intitulado "A Pandemia da COVID-19 Amplia a Crise dos 'Direitos Humanos ao Estilo dos EUA'". Segundo o texto, a falta de eficiência e responsabilidade do governo estadunidense causou a tragédia de 1 milhão de infecções e 110 mil mortes pelo COVID-19, além de ter agravado questões sociais, como a grande divergência entre ricos e pobres e a discriminação racial.
Infelizmente, alguns políticos de Washington, em vez de corrigirem o erro, pioraram a situação. O presidente dos EUA chamou os manifestantes de “criaturas inferiores” e de “derrotados”. O senador Tom Cotton publicou um comentário no jornal exigindo interferência armada da Casa Branca.
Esses políticos de Washington, batizados propriamente como “defensores dos direitos humanos”, são, na verdade, criadores deste desastre. O jornal britânico The Independent comentou que os EUA ignoraram sua obrigação com os direitos humanos e a vida da população. A Chancelaria da Rússia emitiu uma nota, criticando que as manifestações nos EUA refletiram exatamente o padrão duplode Washington.
O conselheiro de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que sempre fala de democracia e direitos humanos, ficou calado sobre as manifestações contra o racismo. Segundo a CNN, Pompeo não se manifestou sobre a desigualdade racial nos EUA, nem publicou informações para lidar com a crise. Os diplomatas criticaram Pompeo dizendo que ele não quer irritar a Casa Branca e nem tocar no assunto.
Há mais de 70 anos, o estudioso sueco Karl Gunnar indicou no seu livro Paradoxo Americano que o paradoxo residia na contradição entre a convicção e a realidade da desigualdade racial, e que o governo federal deveria resolvê-la. Mas até hoje, Washington não conseguiu resolver a questão, e alguns políticos até mesmo incitaram-na, orientando e permitindo a discriminação, para o azar dos EUA.
Tradução: Xia Ren
Revisão: Erasto Santo Cruz