Banco Mundial prevê que economia global encolherá 5,2% em 2020
A economia mundial está a caminho de encolher 5,2% este ano em meio à pandemia da COVID-19, a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial, disse o Grupo do Banco Mundial no relatório Perspectivas Econômicas Globais divulgado na segunda-feira.
A atividade econômica nas economias avançadas deve se contrair 7% em 2020, com a demanda e oferta interna, o comércio e as finanças sendo gravemente prejudicados. A economia dos Estados Unidos deverá diminuir 6,1% este ano, enquanto a Área do Euro poderá sofrer uma contração de 9,1%.
Os mercados emergentes e economias em desenvolvimento deverão diminuir 2,5% este ano, "sua primeira contração como um grupo em pelo menos 60 anos". A atividade econômica na América Latina e no Caribe, em particular, pode cair 7,2% em 2020.
O crescimento no Leste da Ásia e no Pacífico deve cair para 0,5% em 2020, a única região que pode ver crescimento este ano. A economia chinesa deverá crescer 1% este ano.
Segundo o Banco Mundial, a renda per capita deverá cair 3,6%, o que levará milhões de pessoas à extrema pobreza este ano.
"Isso é uma perspectiva profundamente preocupante, com a crise provavelmente deixando cicatrizes duradouras e colocando grandes desafios globais", disse Ceyla Pazarbasioglu, vice-presidente de Crescimento Equitativo, Finanças e Instituições do Grupo do Banco Mundial.
O relatório também observou que o golpe está atingindo com mais força os países onde a epidemia do coronavírus foi a mais grave e onde há forte dependência do comércio global, turismo, exportações de commodities e do financiamento externo.
Embora a magnitude da interrupção varie de região para região, todos os mercados emergentes e países em desenvolvimento têm "vulnerabilidades" ampliadas por choques externos, disse o relatório.
Acrescentou que as interrupções na educação e no acesso à atenção primária provavelmente terão "impactos duradouros" no desenvolvimento do capital humano.
"Nossa primeira ordem de negócios é lidar com a saúde global e a emergência econômica", disse Pazarbasioglu. "Além disso, a comunidade global deve se unir para encontrar maneiras de reconstruir uma recuperação tão robusta quanto possível, para impedir que mais pessoas caiam na pobreza e no desemprego."