Comentário: atacar jornalistas prejudica liberdade de expressão
“Nunca vi uma imagem dessas”, criticou um repórter da CNN depois de ver que um colega negro hispânico foi algemado na transmissão ao vivo sobre as manifestações nos Estados Unidos.
No entanto, este tipo de imagens já se tornou muito comum nos últimos dias no país norte-americano. A AFP reportou no dia 3 que a imprensa já gravou muitas atividades violentas da política estadunidense contra os profissionais do jornalismo. Além de jornalistas norte-americanos, repórteres russos, australianos e de outros países também foram baleados, espancados, chutados, pulverizados com spray de pimenta ou presos.
Dan Shelley, diretor executivo da Associação de Notícias Digitais de Rádio e Televisão dos EUA, disse que tais condutas prejudicam não só os jornalistas, mas também o público, pois impede as pessoas de conhecer a verdade.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, disse que quando os jornalistas se tornam alvos de ataques, toda a sociedade paga por isso.
A Chancelaria russa disse que ataques contra jornalistas é inaceitável. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, declarou que realizará investigações sobre os assuntos concernentes.
De fato, as contradições entre a mídia e o governo Trump já não são segredos. Uma famosa fala do presidente norte-americano é “Fake News” (notícias falsas). Ele usa este termo para negar todas as reportagens desfavoráveis. Além disso, Donald Trump sempre teve confrontos diretos com jornalistas nas coletivas de imprensa.
As atividades da polícia norte-americana removeram completamente a hipocrisia da chamada “liberdade de expressão”. Após a pandemia, políticos norte-americanos estão tendo um relacionamento cada vez pior com a mídia. O New York Times reportou recentemente que fazer reportagens sobre o líder dos EUA é muito difícil por ele gostar de lançar suas opiniões com base em fofocas e não aceitar informações que não correspondam a seus valores.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz