Ministério da Saúde do Brasil diz que continuará usando cloroquina e hidroxicloroquina para tratar COVID-19
Um estudo recente publicado na revista médica britânica "The Lancet" apontou que a cloroquina e a hidroxicloroquina, dois medicamentos antimaláricos, não provaram ser benéficas para o tratamento de COVID-19 e até podem aumentar a frequência de mortalidade e de arritmias ventriculares. Portanto, a OMS anunciou na segunda-feira (25) a suspensão de testes da hidroxicloroquina como medicamento para o novo coronavírus. No entanto, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde brasileiro, Mayra Pinheiro, afirmou no mesmo dia que as diretrizes emitidas na semana passada para o uso dos dois medicamentos no tratamento inicial de pacientes com a doença não foram alteradas. Porém, o Ministério da Saúde de Recife, capital do estado de Pernambuco, excluirá os dois medicamentos no novo plano de tratamento.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, espera permitir o uso de cloroquina no início do tratamento, mas o ex-ministro da Saúde e oncologista, Nelson Teich, declarou que tem efeitos colaterais, ressaltando que qualquer prescrição deve ser baseada em avaliação médica.
Tradução: André Hu
Revisão: Diego Goulart