Comentário: Políticos norte-americanos pressionam os estados a mudar forma de cálculo das mortes do COVID-19

Published: 2020-05-22 21:40:08
Share
Share this with Close
Messenger Messenger Pinterest LinkedIn

O site norte-americano de notícias políticas "The Daily Beast" revelou recentemente que os líderes e membros da equipe de resposta a surtos da Casa Branca estão pressionando o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA a trabalhar com os estados para mudar a maneira como calculam as mortes causadas pelo COVID-19. Com a ação da Casa Branca, o número de mortes pela doença anunciado recentemente por vários estados dos EUA diminuiu estranhamente.

O jornal The Hill também reportou que o Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente do Colorado fez alterações significativas nos critérios para calcular o número de mortes pelo COVID-19, reduzindo o número acumulado de mortes no estado de mais de 1.150 para 878.

O diretor médico do departamento, Eric France, explicou que as mortes anteriormente relatadas no estado deviam incluir casos que "não morreram diretamente" devido à epidemia, e as observações de France são surpreendentemente consistentes com a versão-padrão fornecida pelas autoridades do país. Obviamente, a intervenção política da Casa Branca penetrou na base das estatísticas médicas.

À medida que as eleições presidenciais se aproximam, alguns políticos norte-americanos não apenas negligenciam os conselhos duros da comunidade médica, mas também se atreveram a tomar os maiores riscos do mundo, intensificando a supressão a vozes profissionais e até pressionando os Estados a mudar os dados de mortes. Seus métodos sem escrúpulos são chocantes!

Em vista disso, no dia 21, a rede de televisão CNN citou um relatório divulgado pelo Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota, dizendo que os dados atuais de detecção do novo coronavírus nos Estados Unidos não podem ser usados sozinhos como referência para a decisão de retomada de trabalho e escola.

Segundo o relatório, o número de testes concluídos anunciados pelos estados do país e pela Casa Branca mostra apenas parte da situação, e o trabalho atual de coordenação organizacional é insuficiente para garantir que os estados dos EUA possam obter os materiais de teste necessários.

"Expandir substancialmente o teste do novo coronavírus é um fator-chave na resposta ao surto", recomenda o relatório da Universidade de Minnesota. Segundo o documento, acredita-se que o Departamento de Saúde e Serviços Públicos dos EUA deve nomear uma equipe especial para monitorar e organizar o teste do vírus. E para talvez poder eliminar as interferências de órgãos administrativos do país, o relatório também enfatiza que um forte mecanismo de intervenção judicial deveria ser estabelecido tanto em nível estadual quanto em local.

Ao mesmo tempo, especialistas em saúde pública norte-americanos acreditam que uma detecção de vírus mais sistemática e precisa é essencial para a reativação da economia do país. No entanto, as preocupações dos especialistas simplesmente não podem impedir o desejo da Casa Branca de obter votos. Na balança entre os votos e a vida do povo, os políticos de Washington têm apenas o próprio interesse político em consideração e continuam indiferentes à vida das pessoas comuns.

Atualmente, o número de mortes causadas pelo COVID-19 está se aproximando dos 100 mil. Perante esta situação extremamente crítica, os políticos jamais poderiam se preocupar apenas com a conquista de votos, e sim, com o controle da epidemia.

Tradução: Paula Chen

Revisão: Erasto Santo Cruz

Share

Mais Populares

Galeria de Fotos

Artesanatos decorados com fios de ouro de 0,2mm
Artesão de Hainan produz instrumento musical com cocos
Artista polonês constrói uma casa em formato de chaleira
Escola primária em Changxing comemora o Dia Mundial da Terra
Vamos proteger a Terra com ações práticas
Terras abandonadas são transformadas em parque de chá em Yingshan na província de Sichuan

Notícias

Equipe médica chinesa oferece consultas médicas gratuitas em São Tomé e Príncipe
Comentário: Destino de Assange revela a realidade da “liberdade do estilo norte-americano”
Dia Internacional da Língua Chinesa é celebrado em São Tomé e Príncipe
Investimento estrangeiro na China mantém crescimento no primeiro trimestre em 2022
Explosões no Afeganistão deixam pelo menos 34 mortos e 102 feridos
China faz importantes contribuições para transformação digital, diz ex-ministro brasileiro