Testes em larga escala da China para COVID-19 podem levar a forte recuperação econômica, diz economista dos EUA
Os testes de COVID-19 em larga escala na China podem abrir caminho para uma forte recuperação econômica, disse um renomado economista dos EUA.
"Embora não haja dados nacionais oficiais sobre o número de testes realizados na China, as reportagens da imprensa sugerem que o país, pelo menos em certas regiões, testou ampla e estrategicamente para a COVID-19", escreveu em uma análise Nicholas Lardy, membro sênior do think tank Peterson Institute for International Economics, com sede em Washington.
"Como a recuperação econômica da China dependerá em grande parte da revitalização de seu setor de serviços, sua estratégia de testes em larga escala para a COVID-19 pode ajudar a restaurar a confiança dos consumidores, abrindo caminho para uma recuperação mais forte do consumo privado", disse Lardy.
"A confiança gerada por testes generalizados, que mostram que o número de casos assintomáticos é bastante limitado, também é uma pré-condição para que os cidadãos retomem viagens, compras e jantares fora, etc... todos essenciais para o setor de serviços, que foi atingido duramente, se recuperar", acrescentou Lardy.
Testes generalizados também são críticos para evitar uma segunda onda de infecções, o que levaria a um novo lockdown com seus custos econômicos associados, observou Lardy.
Em meio ao impacto da COVID-19, o produto interno bruto da China no primeiro trimestre encolheu 6,8% ano a ano, de acordo com os dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas.
A produção na China se recuperará significativamente no segundo trimestre e no resto do ano, disse à Xinhua recentemente Jeffrey Sachs, um renomado professor de economia da Universidade de Columbia e conselheiro sênior das Nações Unidas.
"A recuperação econômica da China dependerá, em última instância, do sucesso de grande parte do mundo em superar a epidemia de forma coesa", disse Sachs.