2 milhões de portugueses perdem rendimento por pandemia, diz relatório
Cerca de dois milhões de pessoas em Portugal já sofreram ou sofrerão cortes substanciais em seu rendimento devido à pandemia de COVID-19, informou o jornal digital português Dinheiro Vivo nesta segunda-feira, citando os dados oficiais do governo e do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Agora eles têm de viver fora de seu benefício previdenciário - e seu número deve crescer nos próximos meses, disse o relatório.
A maioria dessas pessoas - mais de 1,3 milhão de trabalhadores - foram demitidas sob o regime simplificado, o que implica uma perda de salário de até 33%.
Entre 1º de abril e 4 de maio, a Previdência Social recebeu mais de 314 mil solicitações ou prorrogações de apoio, segundo o relatório.
Ainda há mais de 271 mil pessoas que tiveram que sair ou faltar ao trabalho para cuidar de crianças ou outros membros dependentes da família, segundo o relatório citando o balanço oficial até 13 de maio.
Além disso, de acordo com os números oficiais, entre 1º de março e 14 de maio, mais de 115 mil pessoas solicitaram o seguro-desemprego, representando um salto de 60% nos novos pedidos, segundo o relatório.
Portugal declarou estado de emergência em 18 de março, que foi renovado duas vezes e rebaixado para "estado de calamidade" em 3 de maio, permitindo um retorno gradual à atividade normal.
Até segunda-feira, Portugal havia registrado 29.209 infecções por COVID-19 e 1.231 mortes, segundo as autoridades de saúde.