Pesquisadores brasileiros começam estudos para gerar anticorpos a partir do sangue de curados da COVID-19

Fonte: Xinhua Published: 2020-04-16 17:29:59
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Pesquisadores do Instituto Butantan, entidade de biotecnologia pública brasileira, trabalham no desenvolvimento de um produto composto por anticorpos para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da COVID-19, oriundos do plasma de pacientes que se curaram da enfermidade.

Os anticorpos monoclonais neutralizantes, como são chamados, serão selecionados de células de defesa (células B) do sangue de pessoas que se curaram da enfermidade.

"A ideia é encontrar uma ou mais proteínas com a capacidade de se ligar ao vírus com eficiência e neutralizá-lo. As moléculas mais promissoras poderão, então, ser produzidas em larga escala e usadas no tratamento da doença", informou em um comunicado a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O projeto está sendo realizado no Instituto Butantan, principal laboratório público do Estado de São Paulo, o mais afetado pela epidemia do novo coronavírus no Brasil.

"A iniciativa usa uma plataforma criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais (mAbs) humanos para diversas enfermidades, que está em fase avançada, para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de Zika e tétano", disse a coordenadora do trabalho, Ana Maria Moro.

O estudo segue um princípio parecido com o da transferência passiva de imunidade, técnica que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas da COVID-19, que também está sendo desenvolvida no Brasil.

"O plasma, parte líquida do sangue, dos pacientes que se curaram é naturalmente rico em anticorpos contra a doença. Ao entrar na corrente sanguínea de uma pessoa doente, essas proteínas começam imediatamente a combater o novo coronavírus", explicou a pesquisadora, que admitiu que ainda não se sabe exatamente quais anticorpos estão combatendo o microrganismo.

O trabalho começa com o sangue coletado dos voluntários recuperados da COVID-19: os pesquisadores realizarão uma série de processos de biologia molecular a fim de identificar, nos linfócitos B, as sequências de genes que expressam os anticorpos neutralizantes.

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