Relação sino-brasileira é modelo de cooperação Sul-Sul, diz embaixador chinês no Brasil
Ante o 45º aniversário das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, afirmou recentemente em entrevista à Xinhua que a cooperação entre os dois países tem base sólida, enorme potencial e perspectivas amplas, e que a relação sino-brasileira é "um modelo de cooperação Sul-Sul".
Yang lembrou os momentos importantes nas relações bilaterais: em agosto de 1974, a China e o Brasil estabeleceram relações diplomáticas; em 1993, o Brasil se tornou o primeiro país a estabelecer a parceria estratégica com a China; em 2012, o Brasil se tornou o primeiro país latino-americano a estabelecer a parceria estratégica abrangente com a China; desde 2009, a China tem sido o maior parceiro comercial e o maior destino das exportações brasileiras.
Ele disse que depois de 45 anos de desenvolvimento, a confiança política mútua tem se aprofundado, a cooperação pragmática tem logrado resultados frutíferos, e o intercâmbio cultural e de pessoas tem sido cada vez mais dinâmico.
Yang assinalou que a China e o Brasil -- os dois maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental -- têm interesses estratégicos comuns, amplos e profundos na promoção da governança global, no aumento da voz dos países em desenvolvimento nos grandes assuntos internacionais, no fomento do multilateralismo e contenção do unilateralismo, no estabelecimento e melhora dos mecanismo de cooperação internacional e regional e na manutenção da autoridade das Nações Unidas.
Yang enfatizou que desde que o novo governo brasileiro assumiu o cargo no início deste ano, as relações entre os dois países mantiveram um ritmo de desenvolvimento saudável e estável, e a cooperação em vários campos manteve a continuidade. O novo governo brasileiro atribui grande importância à cooperação com a China e está disposto a trabalhar com o país asiático para aprofundar ainda mais a parceria estratégica abrangente entre os dois países. A China saudou a participação do Brasil na iniciativa "Cinturão e Rota", e o Brasil respondeu positivamente.
Em novembro deste ano, o Brasil sediará a 11ª cúpula do BRICS. Yang afirmou que a China e o Brasil fortalecerão ainda mais a comunicação e coordenação nos assuntos como a cooperação entre os países do BRICS, o aprofundamento da governança global, a resposta à evolução da situação internacional e regional, e que continuarão a injetar forte impulso na cooperação do Brics.
Olhando para o futuro, Yang acredita que os dois países podem buscar mais potencial nas áreas tecnológicas como satélites, inteligência artificial, internet das coisas e 5G, bem como nas áreas de agricultura, turismo e esportes, elevando o relacionamento entre os dois países para um nível mais alto.