A Importância do BRICS

Fonte: CRI Published: 2017-08-30 12:26:13
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Por Carlos Tavares de Oliveira, Jornalista e conselheiro da Federação das Câmaras de Comércio Exterior

A IMPORTÂNCIA DO BRICS

Os resultados do acordo do BRICS, o seu reflexo na economia dos países membros (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e também no intercâmbio mundial, está tornando esse grupo de países emergentes mais importante que a União Europeia. O conjunto do BRICS reúne 42% da população mundial, e 23% do respectivo Produto Interno Bruto (PIB), com participação no crescimento do comércio internacional (previsão de 4% para 2017) superior a 50%. Dois países do BRICS, China e India, nos últimos anos, como no primeiro semestre de 2017, registraram o maior crescimento econômico mundial, acima de 6,5%.

Como líder inconteste do grupo, a China apresentou crescimento superior a 20% no comércio com os outros membros do BRICS, aparecendo as importações em alta de 33,6%, mais de US$ 70 bilhões. Do Brasil, mantendo sua posição de maior parceiro comercial, o valor chegou a US$ 26,9 bilhões representando 25% das exportações do País, com destaque para soja, minério de ferro, petróleo e celulose.

Certamente que, mantido o bom clima existente, superadas as pequenas divergências nos próximos dez anos crescerá a influência do BRICS, com forte contribuição para paz mundial.

BRASIL_CHINA

Para a próxima reunião do BRICS, em Xiamen, o Brasil enviará importante missão, chefiada pelo presidente da Republica, Michel Temer, integrada por varios ministros e destacados empresários. Paralelamente ao 9º encontro de cúpula do BRICS, a missão tem por objetivo oferecer para venda e concessão mais de 50 ativos nacionais, alguns dos quais, particularmente, eu considero indevida a negociação. Entretanto, para a China, certamente serão da maior valia como base para o fortalecimento e expansão do comercio e investimentos no Brasil. Acompanhando de perto, desde o reatamento das relações diplomáticas/comerciais (em 1974), destaco alguns itens desse valioso acervo que devem ter maior interesse para os chineses. São eles: os aeroportos dos estados de São Paulo e Mato Grosso; o porto/Cia Docas do Estado do Espírito Santo, os terminais de grãos (soja e milho) no Pará e Paraná; a Eletrobras; e Cia de Silos do Estado de Minas Gerais. Porém o item que deverá atrair maior interesse do governo e empresários chineses é o referente às concessões em imensa área de 47 mil km2 na Amazônia (entre os Estados do Pará/Amapá) com reservas comprovadas de cobre, zinco, fosfato e, principalmente, ouro e terras raras.

Certamente, a delegação oficial da Missão levará dados completos desses itens em negociação.

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