China tem poucos viciados em drogas, segundo relatório da Comissão Estatal Antidrogas
Com a chegada do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas que será no dia 26 de junho, a Comissão Estatal Antidrogas da China publicou hoje (17) o Relatório da Situação de Drogas da China em 2018. Segundo o documento, até 2018, havia cerca de 2 404 000 viciados em droga na China, número que diminuiu pela primeira vez. Apesar dos resultados dos trabalhos de antidrogas, o país ainda enfrenta um grande desafio.
O relatório revelou que entre os viciados, 31% estão abaixo da faixa dos 35 anos. Além disso, o número de adolescentes viciados caiu em 30 províncias, municípios centrais e regiões autônomas, o que simboliza o reforço da educação e da prevenção do uso de drogas entre adolescentes. Liu Yuejin, subchefe da Comissão Estatal Antidrogas, disse:
“A população, especialmente os adolescentes, está mais consciente ao recusar drogas com estabelecimento da plataforma digital de prevenção e educação antidrogas que conta com o cadastro de mais de 70 milhões de estudantes de escolas primárias e secundárias e também devido à organização da campanha antidrogas com a participação de 52 350 000 de estudantes.”
Segundo o documento, no ano passado, a China investigou 109 600 casos relacionados com drogas, capturando 137 400 criminosos e confiscando drogas que totalizaram em 67,9 toneladas. Ao mesmo tempo, o uso de drogas sintéticas cresceu, pois estão sendo mais utilizadas e substituindo o uso de heroína.
A fabricação de drogas constitui o crime mais difícil na luta contra entorpecentes. Em 2018, a China já investigou 412 casos desse gênero, destruindo 268 locais de produção, confiscando 14,7 toneladas de drogas, cifras com uma diminuição respectiva de 30,8%, 15,5% e 37%.
“Em 2018, a Comissão Estatal Antidrogas promoveu uma ação especial de luta contra a produção de drogas e incentivo à prevenção e controle dos envolvidos e viciados. Os departamentos de segurança pública de todo o país reforçaram a luta contra o crime de fabricação de drogas. Com isso, a fabricação de drogas foi contida e o volume de drogas fabricadas na China e levadas para fora teve um grande decréscimo.”
Além da fabricação no país, a China ainda sofreu a entrada de drogas de fora, de regiões como Triângulo Dourado, Crescente Dourado, Américas do Sul e do Norte. Após a legalização da maconha no Canadá, o contrabando desta droga para a China começou a crescer. Liu disse:
“Como se sabe, a China tinha poucos viciados em maconha. Porém, com a elevação da frequência de intercâmbios entre a China e a América do Norte, o número de casos de tráfico de maconha começou a aumentar.”
O relatório disse ainda que a expansão do problema das drogas e da transparência de grupos de narcotráfico constituem importantes fatores no acontecimento de crimes relacionados às drogas. A China vai reforçar o sistema de governança antidrogas para ganhar a vitória no combate às drogas.
Tradução: Li Jing
Revisão: Gabriela Netto