Comentário: seguindo um comportamento petulante, EUA jamais terá credibilidade
Sendo o segundo maior contribuinte da Organização das Nações Unidas, a China já pagou sua taxa de 12,01% do orçamento da entidade, informou recentemente a ONU. O porta-voz da ONU, Stafan Dujarrik, expressou em chinês o agradecimento à China numa entrevista coletiva.
Por outro lado, os EUA, mesmo sendo o maior contribuinte, está com o pagamento em atraso das taxas do orçamento regular, que já tinha atingido o valor de US$ 381 milhões até o dia primeiro de janeiro deste ano. Ao mesmo tempo, o país norte-americano ainda precisa pagar US$776 milhões pelos compromissos assumidos para a manutenção da paz da ONU.
A taxa de contribuição de um país membro da ONU depende de sua capacidade econômica, incluindo a proporção do PIB na economia mundial e a receita per capita, entre outros.
Atualmente, a economia dos EUA superou US$ 20 trilhões, ocupando 24% da economia mundial com uma receita per capita superior a US$ 60 mil. Os EUA, como a maior economia do mundo, devem assumir 22% do orçamento regular e 28% dos gastos na manutenção da paz da ONU, mas não concretizaram suas responsabilidades e exigiram repetidas vezes a redução de sua contribuição, ação certamente petulante.
Será que os EUA não são capazes de pagar esse dinheiro? Claro que são! A ação norte-americana reflete uma mentalidade de hegemonia, ou seja, “o vencedor leva tudo”. Washington focaliza-se em nada mais que “Os Estados Unidos em primeiro lugar”.
Desde a sua retirada do Acordo de Paris, da Unesco, do acordo sobre a questão nuclear do Irã, e até de pressões comerciais entre os parceiros comerciais, incluindo a China, a UE, o Japão, o México e o Canadá, as ações dos EUA, seu slogan de “Os Estados Unidos em primeiro lugar” são realmente uma tentativa de garantir seu privilégio sobre todas as regras internacionais para defender sua hegemonia.
Recentemente, o embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, ameaçou aplicar sanções aos projetos do fundo de defesa da UE que, segundo Sondland, prejudicou os interesses das empresas norte-americanas. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse suspirando: “Quem precisa de inimigos se tiver amigos como esse”? Atualmente, a Alemanha e a França afirmaram que irão estabelecer seu próprio exército europeu para promover a independência europeia da defesa e se libertar dos EUA.
O mundo no século 21 é um mundo de futuro compartilhado por diversos países. Jamais voltaremos para a sociedade das selvas onde os fortes comiam os fracos. A ação petulante dos EUA certamente não será seguida pelos demais países do mundo.
A China não é o único país que toma medidas de combate às políticas tarifárias dos EUA. A Comissária Especial de Comércio da UE, Cecília Malmstrom, disse que a UE está elaborando uma lista de retaliação às possíveis taxas norte-americanas contra o setor automobilístico. O Japão rejeitou as exigências irracionais dos EUA sobre a redução das taxas japonesas aos produtos agrícolas norte-americanos. Na Cúpula do G20, realizada em julho de 2017, os EUA foram isolados devido a sua oposição aos esforços conjuntos contra as mudanças climáticas.
No cenário mundial de globalização e multipolarização, os EUA estão avançando em caminho ao isolamento e insistindo na ideia de “Os Estados Unidos em primeiro lugar”, uma política contra a corrente histórica, que certamente perderá o apoio de todos.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Erasto