China esforça-se para dirigir governança global de direitos humanos
A Universidade de Jilin sediou nesta quinta-feira (9) o seminário intitulado “70 anos dos direitos humanos da Nova China: caminho, prática e teoria”. O evento foi co-organizado pela Sociedade Chinesa para os Estados dos Direitos Humanos e pelo governo local da província de Jilin, nordeste do país. Os participantes da reunião consideram que ao longo dos 70 anos da fundação da Nova China, sobretudo nos 40 anos desde a reforma e abertura, a causa dos direitos humanos na China obteve grandes avanços, e algumas iniciativas chinesas exerceram uma importante influência sobre a teoria e a prática dos direitos humanos internacionais. No entanto, o fato do mundo Ocidental dominar a voz na área dos direitos humanos não foi convertida essencialmente. Como criar o próprio sistema de voz e dirigir a governança global dos direitos humanos é a missão e a responsabilidade dos pesquisadores chineses da área.
O diretor do Centro de Pesquisa dos Direitos Humanos da Universidade de Nankai, Chang Jian, apresentou sua investigação acadêmica. Após ter analisado os discursos dos representantes chineses na Assembleia da ONU, as comissões especializadas da entidade, Conselho dos Direitos Humanos, e em outras ocasiões internacionais oficiais, Chang Jian resumiu os conceitos valiosos que a China defende nesta área, entre eles, priorizar os direitos de sobrevivência e desenvolvimento, mudar a tendência de ignorar os direitos econômico, social e cultural, atender especialmente aos direitos dos grupos mais vulneráveis, promover os direitos humanos por meio do desenvolvimento, eliminando a pobreza de todas as formas.
De acordo com Chang Jian, esses conceitos foram reconhecidos pelos países em desenvolvimento, sobretudo os da Ásia e da África.
“O país tem uma crescente influência no mundo. Frente aos desafios comuns, a China foi bem sucedida em realizar suas práticas. Há cada vez mais países que começam a reconhecer ou apoiar as opiniões chinesas. A China vai reforçar ainda mais a sua influência no mundo. Em relação a isso estamos com uma atitude otimista.”
O professor de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade de Jilin, Zhang Wenxian, defendeu que no contexto da nova era do socialismo com características chinesas, a pesquisa sobre os direitos humanos deve ter uma visão internacional.
“Têm que ter uma visão internacional na pesquisa dos direitos humanos. Não podemos tratar do assunto como um item interno, isso só leva a um isolamento. A governança dos direitos humanos faz parte da governança global. Devemos reforçar a nossa voz e influência, e ter um conceito global, promovendo a globalização dos direitos humanos. Nesse processo, devemos ligar os nossos conceitos aos consensos mundiais em relação aos direitos humanos.”
Conforme Chang Jian, a China pode fazer suas contribuições na liderança do tratamento dos direitos humanos globais.
“A iniciativa chinesa Cinturão e Rota foca nos desafios comuns do mundo. Perante essas questões, os EUA se recuaram, retirando-se do Acordo de Paris e do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o que colocou em grande risco o desenvolvimento dos seres humanos e do mundo. Nesse contexto, a China deve apresentar suas opiniões sobre a demanda e os interesses de todos os seres humanos.”
Tradução: Laura
Revisão: Erasto