Comentário: Cinturão e Rota torna-se 2º maior bloco econômico no mundo
Em maio, dois relatórios sobre a construção da iniciativa Cinturão e Rota chamaram a atenção do público. O primeiro foi divulgado no dia 7 pelo Centro de Intercâmbios Econômicos Internacionais da China em colaboração com as entidades de think-tank chineses e estrangeiros. O documento tem como base os dados das Nações Unidas, indicando que atualmente a comunidade econômica Cinturão e Rota já superou a zona de livre comércio da América do Norte, tornando-se o segundo maior bloco econômico global atrás apenas da União Europeia. O outro relatório vem da agência de classificação Moody’s, afirmando que a iniciativa chinesa ajuda a elevar, através dos projetos gigantes de infraestruturas, a produtividade dos países de destino, contribuindo para o desenvolvimento econômico de curto prazo e seus futuros potenciais.
De acordo com o documento feito pelo Centro de Intercâmbios Econômicos Internacionais da China, intitulando Relatório dos Índices de Comércio e Investimento do Cinturão e Rota, o volume comercial entre os países membros da comunidade do Cinturão e Rota representou 13,4% do total global em 2017. A cifra superou o registrado na zona de livre comércio da América do Norte, e correspondeu a 65% do volume comercial realizado dentro da União Europeia.
O comércio e o investimento são sempre os motores para a recuperação econômica global. A iniciativa Cinturão e Rota incentivou o comércio e investimento nos países concernentes, beneficiando o desenvolvimento local e contribuindo para a recuperação econômica mundial.
A agência de classificação Moody’s compartilha a mesma opinião. Após ter analisado 12 países em relação ao potencial econômico de longo prazo e os riscos da macroeconomia de curto e médio prazo, a entidade concluiu que Paquistão, Mongólia, Cazaquistão e Camboja são os países que mais se beneficiaram da iniciativa Cinturão e Rota.
No mês passado, quando o primeiro presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, veio para Beijing participar do 2º Fórum Internacional de Cooperação Cinturão e Rota, citou no seu discurso público o dito popular chinês para mostrar seu reconhecimento pela iniciativa. A frase foi “Se quiser um caminho para ficar rico, construa primeiro a estrada.” Segundo ele, o Cazaquistão não possui litoral, no entanto, as seis ferrovias e 11 rodovias do Cinturão e Rota passaram pelo país, ligando-o à base de logística do porto Lianyungang, construída conjuntamente com a China, fazendo com que o país tenha acesso ao Pacífico.
Há dois anos atrás, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, citou também o mesmo dito chinês no seu discurso no 1º Fórum Internacional de Cooperação Cinturão e Rota. Ele disse que a ONU quer cooperar com a China na construção dessa estrada, com o fim de concretizar a meta de desenvolvimento sustentável e beneficiar todas as pessoas. O criador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, manifestou-se também, dizendo que “No dito chinês, ‘se quiser um caminho para ficar rico, construa primeiro a estrada’, e eu vou dizer que, se o que busca é a prosperidade, construa primeiro a interconectividade”.
Hoje em dia, a estrada já não é mais o que era. O conceito passou a significar a interconectividade de mercadorias, fundos, tecnologias e pessoas em todos os aspectos. Tal como o presidente chinês, Xi Jinping, disse: “A chave da construção do Cinturão e Rota consiste na interconectividade. Devemos trabalhar para estabelecer uma relação de conectividade a nível global, concretizando o desenvolvimento e prosperidade comum.”
Tradução: Laura
Revisão: Erasto