Esterilização da equipe chinesa ajuda no controle de epidemias em Moçambique

A equipe chinesa participa do resgate internacional na área atingida pelo ciclone tropical “Idai” em Moçambique há mais de uma semana. Além do resgate e salvamento e assistência médica no local, eles fazem o trabalho de esterilização de locais com alta temperaturas nos abrigos temporários.

A responsável-chefe do abrigo das vítimas de Ifaba, próximo do Aeroporto de Beira, Georgina Fretto, informou que no momento, o abrigo recebeu 1.100 vítimas, das quais mais de 900 delas são da região mais atingida, Buzi, e cerca de 200 vítimas são de Beira e das regiões circundantes. O abrigo pode garantir três refeições diárias e o pessoal médico-sanitário local pode oferecer serviços médicos às vítimas. Porém, antes da chegada da equipe chinesa, o abrigo nunca havia sido esterilizado. Georgina destacou a importância de se fazer o saneamento neste lugar com densidade populacional relativamente alta.

“Sim, sim, precisamos (da esterilização), porque tem muitos mosquitos aqui.”

A chefe da equipe de esterilização chinesa e especialista em controle de infecção, Fan Chaoyun, afirmou que a condição sanitária do abrigo é ruim e eles deram ênfase à esterilização na superfície dos objetos e no ar dentro das tendas.

“Quando chegamos, percebemos que a densidade populacional é alta, há muitas impurezas no ar livre e os banheiros estavam muito sujos. Por isso, esterilizamos estes lugares com prioridade, tendo como objetivo reduzir o crescimento de microorganismos patogênicos e mosquitos. Aqui tem muitas crianças, cuja resistência é relativamente fraca. Se quisermos evitar a epidemia, a limpeza e esterilização do ambiente é crucial.”

Atualmente, surgiram alguns casos de cólera em Beira e as regiões circundantes, e o número de pacientes com diarreia está aumentando. O especialista em saúde pública de Moçambique, Albert Muanido, disse que o trabalho de esterilização ajuda a manter um ambiente saudável.

“Acho que a esterilização é muito boa porque precisamos disso. Beira já tem casos de cólera e pacientes com diarréia, e este saneamento é bom para reduzir os casos. Por enquanto aqui não há incidências de epidemia, mas com esta assistência, podemos minimizar a possibilidade de transmissão de doenças para este local.”

Tradução: Nina Niu

Edição: Erasto Santos Cruz