Comentário: China e França devem lembrar as orientações para a relação bilateral
Durante a cúpula do Grupo dos 20 (G20) em 2018, o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiteraram em uma reunião trilateral que vão trabalhar juntos para enfrentar as mudanças climáticas. O compromisso demonstra a estreita cooperação entre a China e a França no combate às alterações climáticas.
A China e a França são amigos especiais. O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou que a França foi o primeiro principal país ocidental que estabeleceu relações diplomáticas com a República Popular da China. A França também criou muitos precedentes em sua relação com a China. Por exemplo, a França foi o primeiro país ocidental a abrir voos diretos com a China, a realizar o Ano da Cultura Chinesa e a criar faculdade de língua chinesa na universidade.
Na década de 1960, o general francês, Charles de Gaulle, tomou a decisão histórica de estabelecer relação diplomática com a China, o que diminuiu a distância entre o mundo ocidental e o país asiático.
A França tem uma tradição diplomática independente. O país é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, se opõe à guerra no Iraque e tem desempenhado um papel de liderança na mudança climática global com a China. A independência da diplomacia francesa ganhou uma grande aprovação internacional e permitiu o bom desenvolvimento das relações sino-francesas.
O desenvolvimento das relações sino-francesas se beneficia da cooperação aberta. No início da reforma e abertura da China em 1978, o líder chinês na época, Deng Xiaoping, anunciou a introdução da tecnologia francesa para construir grandes usinas nucleares na China. Segundo os especialistas, a cooperação entre a China e a França no campo da energia nuclear se beneficia principalmente da confiança política mútua.
No ano passado, o volume de comércio bilateral entre os dois países atingiu US$ 62,9 bilhões, um aumento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado, pontuando o nível mais alto na história.
A China e a França devem ter em mente e seguir as orientações importantes e eficazes, e a relação bilateral pode ser consolidada e desenvolvida. O presidente chinês, Xi Jinping, resumiu os quatro pontos-chave, incluindo independência, abertura, benefício mútuo, tolerância e responsabilidade mútua. Seguindo estes quatro pontos-chave, podem alcançar os benefícios mútuos.
A iniciativa Cinturão e Rota persiste no princípio de consulta mútua, construção conjunta e compartilhamento dos benefícios. Sob o quadro da Cinturão e Rota, a França pode desempenhar um papel mais importante e dar mais passos na cooperação com mercados de terceiros. Em 2018, o total de vendas no varejo de consumo na China chegou a 38 trilhões de yuans, tornando-se o maior mercado consumidor do mundo. Este mercado oferece enormes oportunidades para os parceiros comerciais da China, especialmente a França.
Tradução: Ângela Han
Edição: Diego Goulart