Li Keqiang fala à imprensa após encerramento da sessão da APN
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, concedeu hoje (15) uma coletiva de imprensa a jornalistas chineses e estrangeiros, após o encerramento da 2ª sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional da China.
O premiê disse que a China vai continuar incentivando o vigor e liberando a criatividade do mercado com o fim de manter a operação econômica em uma faixa razoável. Ele também salientou que o país promoverá o desenvolvimento de alta qualidade e expressou a confiança em que a economia chinesa será sempre uma âncora importante para a estabilidade da economia mundial.
Ao ser questionado sobre a situação econômica da China em 2019, Li Keqiang falou francamente da pressão do país.
“A China enfrenta realmente a pressão da desaceleração econômica, mas isso é um fenômeno comum em todo o mundo. No mês passado, as principais instituições internacionais baixaram as previsões para o crescimento da economia global, por isso, a China também diminuiu a perspectiva para o aumento da sua economia. Entretanto, não vamos deixar a operação econômica sair da faixa razoável, o que é um sinal estabilizador para o mercado.”
Li Keqiang apontou que a redução de impostos em uma escala ainda maior este ano foi resultado de uma decisão importante do governo chinês. Para alcançar o objetivo, o governo enfrentará maior pressão financeira e oferecerá maiores benefícios ao povo.
“A redução tributária levará à redução da renda governamental. Prevemos um mesmo aumento das despesas financeiras e do PIB este ano para garantir uma ampliação de investimentos em setores importantes da vida da população. Como podemos arranjar esse dinheiro? Nosso método é apertar os custos do governo e incrementar a cobrança de taxas de certas instituições financeiras e empresas estatais.”
Ao falar sobre os atritos comerciais entre a China e os EUA, Li Keqiang disse que os interesses comuns são muito maiores do que as divergências.
“Nos últimos tempos, os atritos comerciais são um teor saliente nas relações entre a China e os EUA, mas nossas negociações não param. Esperamos bons resultados dessas negociações e a promoção de benefícios mútuos.”