Dez grandes avanços se destacam na ciência chinesa em 2018
O Centro de Gerenciamento de Pesquisa Básica do Ministério da Ciência e Tecnologia da China publicou hoje (27) em Beijing os “Dez Grandes Avanços da Ciência da China de 2018” que se destacam em descobertas sobre o mistério da vida, exploração de novos tratamentos de doenças graves e outras áreas científicas.
Desde o sucesso da clonagem da ovelha Dolly em 1997, a clonagem da célula somática dos mamíferos como cavalo, vaca, camelo, gato e cachorro foi realizada sucessivamente. Porém, a clonagem dos primatas, que são os mais próximos dos seres humanos, ainda não tinha sido bem sucedida. O grupo de pesquisa Sun Qiang de Liu Zhen do Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências cumpriu esta tarefa dura após cinco anos de dedicação --- eles clonaram dois macacos saudáveis.
O pesquisador Lai Liangxue do Instituto de Biomedicina e Saúde de Guangzhou da Academia Chinesa de Ciências acredita que esta tecnologia pode fornecer meios técnicos mais convenientes e precisos à edição de genes de primatas não humanos, fazendo com que tenham a possibilidade de serem modelos animais amplamente aplicáveis e promovendo o desenvolvimento rápido de pesquisas sobre o desenvolvimento reprodutivo de primatas, biomedicina, ciência cognitiva do cérebro e mecanismos de doenças cerebrais.
“Para a área biomédica, o sucesso dos macacos clonados é significativo. Sabemos que a pesquisa biomédica depende de animais de teste, porém, o melhor animal de teste é o primata. O macaco é o mais próximo dos seres humanos. Podemos copiar todos os tipos de doenças humanas nele.”
O tratamento tumoral é um desafio mundial. Usar robôs de nanomedicina para realizar o diagnóstico e o tratamento preciso é um sonho dos cientistas. O grupo de pesquisa de Nie Guangjun, Ding Baoquan e Zhao Yuliang do Centro Nacional de Nanociência e Nanotecnologia da China cooperou com o exterior e avançou na pesquisa sobre o transporte de medicamentos para pontos determinados do corpo vivo. Este robô de nanomedicina pode localizar precisamente as células endoteliais dos vasos sanguíneos de um tumor e liberar trombina, substância que provoca a coagulação do sangue.
O pesquisador do Instituto de Química da Academia Chinesa de Ciências, Gao Mingyuan, explicou que a inovação pode oferecer uma estratégia inteligente ao tratamento de tumores malignos.
“Eles escolheram um alvo chamado Nucleolin que existe amplamente nos tumores. O robô de nanomedicina transporta um tipo de trombina, ou seja, ele consegue reconhecer o tumor e liberar a trombina para que coagule o sangue e suspenda a fonte de sua nutrição. Desta forma, o tumor é destruído. Esta estratégia é totalmente diferente dos meios passados.”
A seleção dos “Dez Grandes Avanços da Ciência da China” é organizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia do país, cujo objetivo é divulgar e apoiar progressos científicos e pesquisas básicas.