China promove maior abertura tomando referência das principais economias
A China reiterou ao mundo sua decisão e confiança na promoção de uma abertura em todas as direções durante a conferência anual de 2019 do Fórum Econômico Mundial de Davos, realizada na semana passada. Há um mês, na Conferência do Trabalho Econômico do Governo Central, as autoridades chinesas afirmaram, pela primeira vez, que em 2019 se esforçarão para transformar a abertura na circulação de mercadorias, além da cadeia produtiva, na abertura sistemática de regras. Todas essas declarações indicam que a abertura da China irá entrar em uma nova etapa.
Durante os 40 anos da Reforma e Abertura, a China absorveu o influxo da produção internacional, aproveitando sua vantagem em mão-de-obra, terra e espaço do mercado, entre outros recursos. Assim, o país concretizou um salto na industrialização e na urbanização. Hoje, a economia da China está mudando de crescimento de alta velocidade para desenvolvimento de alta qualidade. O tradicional mecanismo de depender do influxo unidirecional produtivo já não existe, em consequência do reequilíbrio das estruturas econômicas internas e externas. A China, aspirando uma abertura de nível mais alto, precisa estabelecer regras que possibilitem a interconectividade e a interação entre os recursos econômicos diferenciados nos mercados interno e externo. É evidente que a abertura e o acoplamento das regras servem como a base para uma abertura e um modelo de desenvolvimento de maior escala.
A abertura na circulação da cadeia produtiva é, na sua essência, características dos países de desenvolvimento tardio, sendo um produto da era de investimento global das companhias transnacionais. Os países de desenvolvimento tardio têm grande potencial quanto ao custo de mão-de-obra, oferta de matéria-prima e no mercado de consumo. Por meio da abertura de seus mercados, esses países recebem o influxo produtivo externo e impulsionam a industrialização e a urbanização. No Leste da Ásia, a abertura na circulação da cadeia produtiva é caracterizada pela transferência industrial. Por exemplo, o Japão, nação que se tornou desenvolvida mais cedo, transferiu, durante sua renovação industrial, as indústrias em decadência aos Quatro Tigres Asiáticos, à parte continental da China e aos demais países no Sudeste Asiático. Porém, o processo de transferência da cadeia produtiva parou quando a crise industrial ocorreu nos países desenvolvidos.
A crise financeira internacional em 2008 foi um ponto de virada na conjuntura da circulação da cadeia produtiva global. Devido ao desequilíbrio do investimento e comércio internacional, os países em desenvolvimento refletiram em suas políticas de desenvolvimento industrial. Eles começaram a adotar políticas protecionistas “competitivas” nas áreas de reindustrialização, receitas fiscais e comércio exterior. Como resultado, a conjuntura na circulação da cadeia produtiva global foi impactada. O fluxo da cadeia produtiva dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento jamais constitui uma normalidade da evolução econômica global. As cooperações econômicas internacionais se encontram cada vez mais perante barreiras sistemáticas, especialmente na área do comércio.
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Layanna Azevedo