Comentário: Afinidade de Canal entre China e Panamá
“Um canal liga dois países de longa distância”, essa frase refletiu as relações entre a China e o Panamá em cem anos. Com o estabelecimento das relações diplomáticas em 2017 e a atual visita do presidente chinês ao país, as relações bilaterais entraram numa nova fase de desenvolvimento, o que demonstra a tendência global e a honestidade e a confiança entre ambos.
A convite do presidente panamenho, Juan Carlos Varela Rodriguez, Xi Jinping começou sua visita de Estado ao Panamá no domingo (2), sendo a primeira do chefe de Estado da China neste país.
Às vésperas da visita, o jornal panamenho La Estrella publicou um artigo de Xi Jinping, no qual, o presidente chinês afirma que, embora nunca tivesse ido ao Panamá, se sente familiarizado com o país, tal como muitos chineses. O grande obra do Canal Panamá aproxima as relações entre a China e o Panamá. Há 160 anos, o primeiro grupo de chineses chegou ao país para participar da construção de uma ferrovia e do canal. Hoje, a cada 14 pessoas, um é chinês. Um total de 280 mil habitantes de origem chinesa formam a maior comunidade de chineses na América Latina. Em 2004, o governo panamenho estabeleceu o dia 30 de março como Dia dos Chineses.
O Canal do Panamá é a hidrovia de transporte mais importante no mundo, que liga a mais de 140 linhas de frete. Todos os anos, 6% do transporte comercial passa pelo Canal. Em junho de 2016, foi concluída sua expansão. Um cargueiro chinês foi o primeiro navio a passar pela nova faixa de tráfego, o que mostra a importância do país ao frete chinês. Hoje, a China é o seu segundo maior usuário e também é a segunda origem e o segundo destino de bens.
A China e o Panamá acolhem em conjunto grandes oportunidades de desenvolvimento. A abertura é a maior característica da economia panamenha. O país possui a maior zona de livre comércio no hemisfério ocidental, a zona de livre comércio de Colon, cuja maior fornecedora é a China. No ano passado, empresas chinesas de energia, finanças, telecomunicações, construção de infraestrutura, ciência e tecnologia chegaram ao Panamá, criando grande número de oportunidades de emprego local. Empresas chinesas participaram da expansão dos portos do Canal. Em abril deste ano, a China abriu vôos diretos para o Panamá, facilitando a viagem dos comerciantes entre os dois países e entre a China e a América Central.
A iniciativa Cinturão e Rota fornece uma plataforma de cooperação de longo prazo aos dois países. O Panamá é o primeiro país da América Latina e Caribe a assinar com a China um memorando de entendimento sobre a iniciativa chinesa. De fato, a Estratégia de Logística Nacional para 2030, que o Panamá está promovendo e dedicando, a construção do centro de logística mundial, é acoplada com a iniciativa Cinturão e Rota. Ela é chamada pela imprensa local de “uma boa oportunidade para não se perder”.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Diego Goulart