Comentário: Nova aproximação forma um arco-íris ligando China e Filipinas
Passados 13 anos, um Chefe de Estado da China volta a fazer uma visita oficial às Filipinas. Após altos e baixos, o relacionamento sino-filipino emerge a um novo patamar. Os presidentes da China, Xi Jinping, e das Filipinas, Rodrigo Duterte, se reuniram nesta terça-feira (20) e anunciaram o estabelecimento da parceria estratégica global.
Desde 2005, A China e as Filipinas têm-se dedicado a construir relações pacíficas e cooperativas. No entanto, essas relações foram afetadas por disputas relativas ao Mar do Sul da China, sob provocação externa. Em particular, o governo filipino formulou unilateralmente arbitragem a tribunal internacional, fazendo com que o relacionamento entre os dois países esfriasse, e o esforço para desenvolver a parceria fosse abandonado.
Em 2016, Duterte assumiu a presidência das Filipinas e começou a adotar uma política externa independente. O diálogo sobre o Mar do Sul da China foi recuperado entre os dois países. Desde então, Xi Jinping e Duterte mantiveram seis encontros, o que abriu uma nova página nas relações bilaterais.
A China, por exemplo, expressou firme apoio ao projeto Grande Construção promovido pelo presidente Duterte para alavancar o desenvolvimento econômico das Filipinas. O planejamento inclui 75 obras de infraestrutura, nas quais as empresas chinesas participam da metade por meios de financiamento ou investimento. Dois anos atrás, a China e as Filipinas assinaram um acordo de cooperação no valor de US$ 24 bilhões.
O comércio entre China e Filipinas também conquista resultados notáveis nos últimos dois anos. A China é agora o maior parceiro comercial das Filipinas e o segundo maior emissor de turistas ao país. No ano passado, as exportações e importações ultrapassaram marca de US$ 50bilhões. Já o investimento direto da China nas Filipinas atingiu US$ 53 milhões, registrando um aumento de 67% em comparação com ano anterior. Nos primeiros oito meses deste ano, o investimento chinês se expandiu para US$ 180milhões.
Ao mesmo tempo, os dois lados fortalecem cooperação na segurança e no intercâmbio cultural e pessoal. A China deu apoio sólido à ação do presidente Duterte para combater o tráfico de drogas e o terrorismo.
Durante visita de Xi Jinping, os dois países assinaram uma séria de documentos de cooperação, abrangendo desde a construção conjunta do Cinturão e Rota à exploração do petróleo e gás offshore. O último chamou a atenção da comunidade internacional. No ano passado, as autoridades filipinas recordaram que, em 1986, os dois países já haviam decidido deixar ao lado as divergências territoriais e explorar conjuntamente os recursos do Mar do Sul da China.
Os filipinos disseram acreditar na sabedoria para promover a cooperação sob a liderança dos atuais governos. Perante esta afirmação, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, deu uma resposta positiva. Este ano, o chanceler indicou que a tentativa da China e das Filipinas talvez tenha capacidade de ajudar a procurar uma solução apropriada para resolver a controvérsia.
Hoje, o desejo de 32 anos está se cristalizando. Como afirmou o presidente chinês Xi Jinping, China e Filipinas compartilham amplos interesses no Mar do Sul e podem controlar suas divergências através de negociações amistosas, impulsionando a colaboração pragmática para contribuir para a paz e prosperidade da região.
Duterte, por sua vez, assinalou a importância da visita de Xi Jinping, classificando-a como um marco das relações entre as duas nações. Ele declarou que a China tem seguido postura correta no tratamento dos assuntos interacionais. As Filipinas estão dispostas a reforçar coordenações com a China nos âmbitos multilaterais para defender a estabilidade regional.
A viagem do presidente chinês Xi Jinping pelas Filipinas não apenas estimula energeticamente o desenvolvimento das relações dos dois países, como também fornece um bom exemplo para impulsar a cooperação marítima entre a China e outros países do Sudeste Asiático.
comentarista: Xu Qinduo
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Rafael Fontana