Comentário: suspeitas não fazem bem à relação China-EUA
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, acusou recentemente num discurso de que “os órgãos de segurança da China planejam roubar tecnologias dos EUA, especialmente as do setor militar”. Paralelamente, a agência de notícias Bloomberg News divulgou uma reportagem sobre os supostos descobertos “chips de espionagem da China” nos produtos de muitas empresas tecnológicas dos EUA. Logo após a publicação, a reportagem foi negada pelas empresas relacionadas e pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA. Mas essa acusação irresponsável tem sido divulgada, refletindo a ansiedade e as suspeitas de alguns norte-americanos quanto à relação sino-norte-americana.
Hoje em dia, a Internet entrou numa fase de rápido desenvolvimento e o povo tem muito acesso a ela. As pessoas aproveitam a facilidade da Internet, mas não são tão familiares aos conhecimentos profissionais, como sobre os chips. Por esta razão, a teoria da conspiração no espaço cibernético é muito difícil de distinguir.
Durante as eleições dos EUA em 2016, a equipe da campanha de Hillary Clinton foi envolvida em muitas notícias falsas, sendo a mais bizarra o “abuso infantil nas pizzarias”. Esta causou um resultado ainda mais incrível: um cidadão norte-americano entrou em uma pizzaria com uma pistola pretendendo salvar as crianças sequestradas. Hoje, a notícia falsa está destinada à China, acusando o país de ações de espionagem. O setor tecnológico nas bolsas de valores do mundo sofreu perdas, incluindo o do NASDAQ, com a maior queda nos últimos seis meses. No entanto, repetir uma mentira por mil vezes não a tornará verdade.
O professor da Universidade de Harvard, doutor Robert Lawrence Kuhn, disse que se for descoberto que a China instalou chips nos computadores de algumas empresas norte-americanas, o país perderá toda a cadeia de abastecimento nos EUA. Obviamente, ninguém tomará tal decisão, já que não vale a pena.
Desde a Lei de Autorização de Defesa até o artigo de “pílula venenosa” no Acordo EUA-México-Canadá, os EUA mostraram sua ansiedade e a sua suspeição ao tratar dos assuntos relacionados à China.
Segundo o relatório divulgado pelas autoridades norte-americanas, os turistas chineses nos EUA contribuíram com o maior consumo per capita em 2017. Nas férias de sete dias do Dia Nacional da China em outubro, mais de 7 milhões de chineses fizeram viagens ao exterior. No entanto, a maioria deles escolheu o Japão invés dos EUA como seu destino de viagem. É auto-evidente que os chineses fizeram tal escolha. O governo dos EUA tratam a relação com a China com suspeitas. Isso não fará bem aos relacionamentos bilaterais mas sim prejudicará as oportunidades de cooperação entre as duas maiores economias do mundo e acabará trazendo mais instabilidade e incertezas ao mundo inteiro.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Layanna Azevedo