Comentário: A China não é inimiga dos Estados Unidos

Published: 2018-10-09 17:03:28
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O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, fez recentemente, em vários discursos, acusações injustificadas sobre políticas internas e externas da China. Recentemente, o primeiro secretário de Estado afro-americano da história, Colin Powell, e a primeira secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, afirmaram, em uma entrevista à CNN, que "a China não é inimiga dos Estados Unidos”. Assim, os EUA não devem travar uma guerra fria com os chineses.

Albright disse não haver dúvidas de que a China é uma potência em ascensão, o que se deve à história do país e aos esforços do povo chinês contemporâneo. Por outro lado, os Estados Unidos não assumiram a responsabilidade internacional que deveriam ter assumido, abrindo um espaço para a ascensão da China.

Powell indicou que o desenvolvimento da China trouxe muitos benefícios para os Estados Unidos. Os produtos chineses baratos e de alta qualidade atendem às necessidades do cidadão norte-americano. A atual guerra comercial entre os Estados Unidos e a China está prejudicando os consumidores americanos. Ele afirmou que mais de 300 mil estudantes chineses pagaram o valor integral das matrículas nas universidades norte-americanas. A maioria dos reitores, portanto, não concorda que os estudantes chineses sejam expulsos.

Powell defende a solução de problemas por meio do diálogo diplomático, destacando a necessidade de respeito mútuo. Ele disse acreditar que o Pentágono está situando a China, a Rússia e outros países como inimigos dos Estados Unidos. A esse respeito, Powell manifestou sua oposição, dizendo ser necessário reconhecer as diferenças entre os Estados Unidos e outros países.

Na celebração do 50º aniversário do Wilson Center no mês passado, o ex-secretário de Estado, Henry Kissinger, afirmou que tanto a China quanto os Estados Unidos possuem capacidade suficiente para moldar o mundo de acordo com seus interesses. A autoconfiança dos EUA decorre de seu sistema político constitucional democrático, enquanto a China conta com milhares de anos de técnicas de gestão.

Kissinger disse que os Estados Unidos não devem procurar aliados no mundo para entrar em conflito com a China. Ele ressaltou que, se a China e os Estados Unidos entrarem em uma guerra, os dois países não precisarão de aliados.

Kissinger afirmou que, para concretizar a paz e a prosperidade no mundo de hoje, os dois países devem definir algumas metas que os aproximem. Ele também ressaltou que a situação entre a China e os Estados Unidos exige a manutenção do diálogo para defender a ordem e a justiça internacional.

Tradução: André Hu

Edição: Rafael Fontana


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