Chanceler angolano avalia positivamente resultados da Cúpula de Beijing
O chanceler de Angola, Manuel Domingos Augusto, afirmou na quinta-feira (6) que a Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África obteve ricos resultados. Segundo o ministro, também participante do evento, o presidente chinês, Xi Jinping, proferiu discursos de forma abrangente e penetrante durante a cúpula. O líder chinês esclareceu a posição das relações sino-africanas, baseadas na paz e no desenvolvimento conjunto.
“Naturalmente que o discurso do presidente Xi Jinping, podemos até dizer de vários discursos, serviram de base para os trabalhos e para as conclusões da cimeira, que se consubstanciam nos dois grandes documentos que foram aprovados por unanimidade por todos os Chefes de Estado. A saber, a Declaração de Beijing, que é o documento de concepção política sobre a cooperação China-África. E o Plano da Ação de Beijing que detalha os projetos e as ações que deverão ser levadas a cabo e sustentadas pela contribuição financeira que a China colocará à disposição desta cooperação entre si e os países africanos. Portanto, o discurso do presidente Xi Jinping revelou visão, coragem política, expressou aquilo que são alguns dos pilares da cooperação da China com a África – a sinceridade, a honestidade, a eficácia e a solidariedade.”
Este ano marca o 35º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Angola, assim como os 30 anos do estabelecimento de relações entre os dois partidos no poder. Augusto avaliou positivamente as atuais relações bilaterais e fez retrospectiva ao intercâmbio amistoso. O chanceler agradeceu ao governo chinês por apoiar e auxiliar a evolução econômica e social de Angola durante muitos anos. Ele anseia que os dois lados promovam e atualizem ainda mais as cooperações bilaterais, a fim de fomentar as relações sino-angolanas a entrarem em uma nova era.
“As relações entre Angola e a China são excelentes. Do ponto de vista das relações políticas e diplomáticas, a China e Angola desfrutam de um ambiente que tem origem ainda antes da independência de Angola. A China sempre esteve ao lado do povo angolano, apoiou na luta de libertação e isso criou laços que são indissolúveis, que são fortes. Depois da independência, a China também colocou-se ao lado de Angola, para a consolidação da independência de Angola. E naturalmente que nos últimos anos, nos últimos quase 20 anos, a China tem participado diretamente no esforço do desenvolvimento econômico e social do nosso país. Portanto, é uma relação que podemos dizer excelente, mas mesmo sendo excelente, acreditamos que pode ainda ser reforçada e melhorada.”
A China e Angola tem mantido colaborações e intercâmbios pragmáticos em diferentes áreas. No momento, o país oriental se classificou como o maior parceiro comercial de Angola. O país africano, por sua vez, constitui o segundo maior parceiro comercial da China no continente, seu maior fornecedor do petróleo cru, assim como o maior mercado de empreitada no ultramar. Os dois lados contam com amplas perspectivas de coordenação em áreas como economia e comércio, energia, finanças, tecnologia, saúde e infraestrutura. Augusto valorizou os frutos cooperativos e os intercâmbios comerciais nos últimos anos e desejou maior sucesso no futuro.
“Nós temos uma cooperação econômica virada essencialmente para a criação de infraestruturas. Infraestruturas que possam sustentar os planos de desenvolvimento de Angola. A China participa em quase todos os domínios da vida e, nos últimos 15 ou 20 anos, participou diretamente na reabilitação de estradas, caminhos-de-ferro, na construção de barragens hidrelétricas, na construção de habitação, particularmente habitação social, na construção de escolas e hospitais. Enfim, a China participou, dizia, em todos os domínios da nossa atividade econômica e também em alguns domínios da área social. Para os próximos anos, contamos continuar a merecer esta preferência da China para que levemos a cabo, digamos, os nossos planos de desenvolvimento.”
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Diego Goulart