Para especialista chinês, nova regulação da UE favorece proteção de dados
A Regulação Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR, em sigla de inglês) entrou em vigor nesta sexta-feira (25). Considerada a regulação mais rigorosa sobre dados de internet a ser aplicada na Europa, a GDPR limitará a coleta e a utilização dos dados de internautas pelas empresas cibernéticas.
O especialista-chefe do Grupo de Tecnologia Eletrônica da China, Dong Guishan, disse que o documento define detalhes mais rigorosos sobre as medidas de proteção de dados pessoais.
“Todas as empresas que possuem negócios na Europa precisam respeitar a GDPR, independentemente da sua nacionalidade e natureza. O objetivo de aplicar a Regulação Geral de Proteção de Dados é proteger as informações pessoais e a privacidade das pessoas. A regulação tem 99 artigos detalhados. Segundo a previsão, as empresas que violam o regulamento enfrentariam uma penalidade de 5 ou 6 bilhões de dólares.”
As empresas chinesas que possuem sites de comércio eletrônico também estão sujeitas à GDPR, porque os dados pessoais de seus clientes são coletados e processados quando fazem compras no site. Segundo Dong, a regulação destaca o direito de saber e o direito de controle dos usuários.
Para alguns especialistas, a regulação ajudará a reforçar a proteção de dados sociais dos usuários, mas terá também possibilidade de causar monopólio. Usuários tendem a acreditar mais nas grandes empresas para melhor proteção de seus dados pessoais. Para Dong Guishan, nesse contexto, as empresas chinesas precisam tomar cautela no seu desenvolvimento.
“As empresas chinesas devem buscar mais cooperações na área de segurança de big data, prestar mais atenção na proteção de direitos de saber e controle dos usuários. Em relação às medidas tecnológicas, as empresas chinesas precisam tomar novas medidas de supervisão no tratamento de dados pessoais de seus usuários.”
A UE espera que o regulamento possa proteger completamente a segurança de dados dos internautas. Em outras palavras, as companhias de internet têm que obter o consentimento dos usuários antes de utilizar seus dados pessoais. O regulamento também influenciará profundamente a economia digital mundial no futuro. Os regulamentos serão cada vez mais rigorosos na proteção de dados pessoais. Para Dong, essa é uma tendência e, por esta razão, a regulação da UE é uma boa experiência com que a China pode aprender.
“A China pode elaborar e aperfeiçoar seu próprio regulamento aprendendo as boas experiências da União Europeia. Isso favorecerá a coordenação entre as empresas chinesas e o mercado internacional.”
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Diego