Comentário: comércio em prol da melhoria de vida da população
Iniciou no dia 17 de maio, horário local, as consultas comerciais entre a China e os EUA em Washington.
Para os consumidores chineses e norte-americanos, o comércio serve para satisfazer a demanda do cotidiano e elevar a qualidade de vida. Por exemplo, no inverno passado, tanto os norte-americanos quanto os chineses puderam comprar nos supermercados as cerejas vindas da América do Sul, e os pêssegos produzidos na Austrália. Essa é a vantagem da transição internacional.
No Fórum Boao, que acabou de ser realizado em abril, o presidente chinês, Xi Jinping, anunciou um pacote de medidas reduzindo as tarifas alfandegárias e ampliando as importações. Um dos exemplos é o carro importado. Até o final de abril, mais de 1.800 empresas estrangeiras se registraram ou manifestaram a vontade de participar da Primeira Feira Internacional de Importação. Na altura, os consumidores chineses terão mais escolhas na compra de produtos estrangeiros, e o país se tornará um grande mercado de nível internacional.
Graças às diferentes etapas de desenvolvimento, os consumidores chineses e norte-americanos possuem diferentes demandas por produtos vindos da outra parte. Para além do avião e da soja, tradicionais produtos norte-americanos importados pela China, muitos outros produtos interessam aos consumidores chineses, como medicamentos contra o câncer e o stent cardíaco. A China aplicou, a partir de maio, a política de imposto zero sobre os medicamentos contra o câncer.
Enquanto os produtos fabricados pela China são exportados para todos os cantos do mundo, o clipe e os aparelhos eletrônicos dos EUA contribuem para a criação da cadeia de produção e o controle de qualidade dessa planta mundial, o que comprova o valor da divisão do trabalho na cadeia industrial global.
De acordo com o levantamento realizado pela empresa de consultas Bain & Company, em 2015, os chineses gastaram cerca de US$7,6 bilhões em produtos luxuosos por meio de daigou, uma espécie de consultor de varejo freelance, que compra os produtos solicitados pelos clientes e os enviam para a China. O valor deste tipo de negócio representa quase a metade do total do consumo de itens luxuosos. Com a implementação da redução dos impostos alfandegários, cada vez mais produtos luxuosos norte-americanos chegarão às mãos dos chineses através do canal formal.
Com a abertura gradativa do setor financeiro chinês, as instituições de finanças, investimento e ações norte-americanas querem ouvir boas notícias saídas da reunião de Washington. Para o setor industrial chinês, a entrada dos produtos norte-americanos forçará as empresas chinesas a elevarem a qualidade dos produtos e serviço. E os chineses estão bem preparados para isso.
Sendo o país mais desenvolvido do globo, os EUA devem aproveitar o mercado consumidor que mais cresce no mundo para expandir a exportação, ao invés de aplicar medidas protecionistas e barreiras comerciais. Com uma atitude aberta, os dois países poderão resolver a questão do déficit comercial. Os EUA exportam mais produtos de alta tecnologia e importam produtos chineses que os norte-americanos gostam, enquanto a China compra os produtos e serviços que elevam a qualidade de vida da população e ajuda a escalada da economia nacional.