Ampliar negócios entre China e EUA trará equidade comercial, diz Li Keqiang

O primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Li Keqiang, se reuniu nesta segunda-feira (26), em Beijing, com os representantes estrangeiros que vieram participar da sessão anual do Fórum de Desenvolvimento da China.No colóquio, Li Keqiang respondeu às perguntas apresentadas pelos executivos das empresas Apple, Hitachi, C. V. Starr, Google, Qualcomm e da Universidade de Cambridge, entre outras entidades.

O presidente do Conselho de Administração da corporação C. V. Starr, Maurice Greenberg, mencionou as fricções comerciais entre a China e os Estados Unidos. O premiê chinês respondeu que os negócios sino-americanos atingiram a atual escala tendo como motores principais a força do mercado e as regulações comerciais. A essência desta relação é o benefício mútuo. Segundo ele, guerras comerciais terminam sem vencedores.

“A comunidade internacional deve defender conjuntamente o sistema comercial multilateral e se posicionar contra as ações protecionistas e unilaterais. Guerras comerciais terminam sem vencedores. A China e os Estados Unidos devem promover o equilíbrio comercial aumentando o volume de negócios bilaterais, com base em uma atitude pragmática e racional. Além disso, os dois países devem solucionar as divergências através de negociações. Senão, a situação ficará desfavorável a todos.”

Li Keqiang afirmou que a abertura ao exterior é uma política básica da China. O país aprofundará a reforma e a abertura sob a liderança do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), com Xi Jinping como núcleo.

“Este ano marca os 40 anos da Reforma e Abertura da China. O país abrirá, cada vez mais, suas portas ao exterior. Trata-se de uma medida que corresponde não só aos interesses do nosso país, mas também auxilia a defesa do livre comércio. Favorece também o desenvolvimento saudável da globalização. Estamos dispostos a aproveitar o avanço tecnológico do exterior, bem como as experiências estrangeiras de gerência. Além disso, pretendemos ampliar as cooperações com outros países nas áreas acadêmica, de produção, tecnologia e serviços.”

No momento, a China está implementando a diretriz “Fabricado na China 2025”, com a finalidade de transformar o país numa “potência manufatureira”. Li Keqiang espera que mais empresas internacionais cooperem com o país asiático, aproveitando as oportunidades de desenvolvimento conjunto.

“‘Fabricado na China 2025’ visa um desenvolvimento em ambiente aberto e valoriza igualmente as empresas chinesas e estrangeiras. Não obrigaremos as empresas estrangeiras a transferirem suas tecnologias. Vamos reforçar a proteção à propriedade intelectual e combater as infrações a ela.”

O presidente do Fórum e também diretor-executivo da Apple, Tim Cook, afirmou que o desenvolvimento da China trará mais chances para todo o mundo.

“Agradecemos ao premiê, Li Keqiang, por se comunicar conosco de forma franca. Este é o 40º ano desde a Reforma e Abertura. Eu, junto com todos os empresários presentes, espero que a porta da China esteja cada vez mais aberta.”

Tradução: Joaquina Hou

Revisão: Layanna Azevedo