China busca desenvolvimento de alta qualidade com crescimento do PIB a 6,5%
O relatório apresentado pelo governo chinês na 1ª sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional à mesma, autoridade máxima do país, prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) terá um crescimento de 6,5% em 2018, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) poderá ter uma alta de 3% e serão criados mais de 11 milhões de novos postos de trabalho. Ao mesmo tempo, a taxa de alavancagem financeira se manterá praticamente estável e os riscos serão previstos e controlados eficientemente.
O responsável pelo grupo de esboço do relatório de trabalho do governo chinês e o diretor do Instituto de Pesquisa do Conselho de Estado, Huang Shouhong, afirmou ontem (5) em Beijing que as metas estabelecidas mostram as exigências para promover um desenvolvimento de alta qualidade.
“Por quê 6,5%? Porque atualmente, o desenvolvimento econômico da China já se converteu do crescimento rápido ao desenvolvimento de alta qualidade. Desde que a operação econômica esteja no limite razoável e a taxa de emprego esteja garantida, não há grande diferença entre o crescimento econômico rápido e um crescimento menos acelerado. Dentro desse limite razoável, devemos enfatizar as reformas, promover o ajuste estrutural, prever os riscos e resolvê-los.”
Segundo o diretor, os riscos financeiros da China encontram-se sob controle. Os saldos da dívida do governo central e dos governos regionais são de 13 trilhões de yuans e 16 trilhões de yuans, respectivamente.
“A taxa de dívida da China, ou seja, a proporção entre o saldo da dívida e o PIB, é de 36%, sendo inferior ao nível das economias desenvolvidas e emergentes. Por isso, os riscos de dívida da China encontram-se sob controle.”
No entanto, o diretor apontou que alguns governos regionais violaram as leis e os regulamentos ou fizeram dívida de forma disfarçada, se comprometendo a fazer reembolsos ou garantias pelos fundos financeiros, atos que geraram riscos. Ele revelou que, no futuro, a China impedirá rigorosamente o crescimento das dívidas dos governos regionais e tratará as dívidas já existentes.
“Os governos regionais devem assumir suas responsabilidades. Eles têm que suportar as perdas provocadas pelos financiamentos ilegais com as instituições financeiras. Outro ponto importante é tratar o estoque das dívidas de forma estável. Temos um princípio que é: o governo central não vai ajudá-los. Por isso, os governos regionais não devem se iludir quanto a obterem auxílio do governo central, especialmente os governos que fizeram financiamentos ilegais. Eles mesmos devem resolvê-los. Neste ano, vamos adotar uma medida importante, que é estabelecer o mecanismo de responsabilidade vitalícia das dívidas dos governos regionais e a investigação de forma rastreada dos problemas de dívida.”
Segundo informações, a China vai padronizar e aperfeiçoar o mecanimo de dívida e financiamento dos governos regionais. Estes poderão fazer dívidas apropriadas somente através do lançamento de títulos do governo. Consta no relatório de trabalho que serão emitidos 1,35 trilhão de yuans em títulos de crédito especial local, aumentando 550 bilhões de yuans em comparação com o ano passado.