China publica primeiro documento oficial sobre a Região Ártica

Fonte: CRI Published: 2018-01-26 19:24:23
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China publica primeiro documento oficial sobre a Região Ártica

Foi publicado hoje (26) em Beijing o Livro Branco sobre as políticas à Região Ártica. Trata-se do primeiro documento oficial do país sobre o tema. O livro branco explica detalhadamente as relações entre a China e o Ártico, as políticas e os princípios principais do país sobre o Círculo Polar Ártico, e a participação chinesa nestes assuntos. O documento destaca que o governo chinês quer cooperar com outras nações para que haja uma resposta coletiva positiva aos desafios causados pelas mudanças no Ártico.

Os dados mostram que nos últimos dez anos, o aquecimento climático do Ártico tem sido duas vezes mais rápido que nas outras regiões do mundo. Nas últimas três décadas, a cobertura de gelo marinho do Ártico foi reduzida pela metade durante o verão. No contexto de globalização econômica e integração regional, o valor do Ártico é estratégico em vários setores, como na economia, ciências, ambiente,  navegação e recursos, fator que chama a atenção da comunidade internacional.

O livro também dá uma resposta à natureza da participação da China na região, enquanto Estado não pertencente ao Ártico. A China é um país participante, construtor e contribuinte aos assuntos árticos e se esforçará pelo desenvolvimento da região com inteligência e força, diz o documento. Na coletiva de imprensa, o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Kong Xuanyou, explicou o papel desempenhado pela China na governança do Ártico.

“A China participará da governança do Ártico conforme o Direito Internacional e não interferirá nos assuntos internos dos Estados Árticos e da região. As cooperações também serão realizadas com base nos regulamentos internacionais. Por outro lado, a China é um país construtor e importante contribuinte nos assuntos árticos, e quer desempenhar um papel positivo nas grandes questões transregionais e globais.”

De acordo com o Livro Branco, a China deseja entender, proteger, desenvolver e participar conjuntamente da governança do Ártico, visando defender os interesses comuns da comunidade internacional e impulsionar o desenvolvimento sustentável da região. O governo chinês insistirá nos princípios de respeito, colaboração de benefício recíproco e sustentabilidade. Ao mesmo tempo, há alguns países ou indivíduos que questionam a intenção estratégica e militar da China em relação à política voltada para a Região Ártica. Quanto às preocupações, Kong Xuanyou respondeu:  

“Destaco que a participação da China na governança do Ártico visa a contribuir para o desenvolvimento da região e beneficiar os povos. São totalmente desnecessárias as preocupações sobre as intenções da China quanto ao saque de recursos ou prejuízos ao meio ambiente. Os países do Ártico têm um sistema legal aperfeiçoado, o que exige um padrão rigoroso à exploração dos recursos, preservação ambiental, uso comercial e trabalhadores estrangeiros. O governo chinês promete agir conforme as regras e se esforçará para promover o desenvolvimento socioeconômico do Ártico.”

O Livro Branco também pondera que a China quer aproveitar a oportunidade de desenvolvimento das vias navegáveis no Ártico para construir conjuntamente uma "Rota da Seda Polar". Espera-se que o capital, a tecnologia, o mercado, o conhecimento e a experiência da China ajudem na expansão da rede de rotas marítimas no Ártico e facilitem o progresso econômico e social dos Estados litorâneos ao longo das rotas, segundo o documento.

 

 

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