Investimento chinês no exterior cai 40% entre janeiro e outubro
O investimento direto da China no exterior foi de US$ 86,3 bilhões nos primeiros dez meses deste ano, registrando uma queda de 40,9% em relação ao mesmo período de 2016. Segundo autoridades do Ministério do Comércio do país, os investimentos considerados irracionais foram contornados efetivamente, enquanto mais medidas para contê-los serão adotadas no futuro.
Entre janeiro e outubro de 2017, os investidores chineses realizaram investimento direto não financeiro em 160 países e regiões. O conselheiro comercial do Departamento de Cooperação do Ministério do Comércio da China, Han Yong, afirmou que o ritmo de diminuição do volume total do investimento direto da China no exterior desacelerou e, ao mesmo tempo, a estrutura dos destinos do investimento vem sendo aprimorada.
“Nos primeiros dez meses deste ano, a taxa de diminuição do investimento direto chinês em setores não financeiros externos caiu em 1 ponto percentual em comparação com a taxa registrada nos primeiros três trimestres. Os capitais se concentraram nos domínios de arrendamento, serviços comerciais, manufatura, venda no atacado e varejo, assim como na transmissão de informações, software e serviços informáticos. Não houve novos projetos de investimento direto nos setores de imóveis, esportes e entretenimento de outros países e regiões.”
Han Yong acrescentou que o investimento direto da China no exterior entrou em uma fase de desenvolvimento ordenado, com o controle efetivo do investimento irracional. Ao mesmo tempo, entre janeiro e outubro de 2017, o investimento e a cooperação entre a China e os outros países ao longo do “Cinturão e Rota” se desenvolveu solidamente. O investimento de empresas chinesas nesses países registrou um aumento de 4,7 pontos percentuais comparado com o mesmo período do ano passado. Além disso, os projetos empreitados por companhias chinesas no exterior exerceram uma influência clara para promover a exportação do país.
A vice-diretora do Departamento de Informação do Centro Chinês para os Intercâmbios Econômicos Internacionais, Wang Xiaohong, avaliou que a queda do investimento direto da China no exterior se deve não apenas às medidas chinesas de controlar as ações comerciais irracionais, como também aos fatores políticos e financeiros do país em relação com seu investimento no exterior. Para obter um melhor ambiente para o investimento no exterior, Wang Xiaohong apresentou sugestões.
“Precisamos aprimorar o ambiente para a ‘saída’ de empresas chinesas, incluindo nas áreas de política, finanças e financiamento, assim como a construção de plataformas de informação. Como a situação se diferencia de país para país, se não tivermos serviços satisfatórios de informação, as empresas poderão enfrentar grandes riscos para investir e operar no exterior.”
Quanto ao chamado “investimento irracional” no exterior, as autoridades do Ministério do Comércio não ofereceram maiores detalhes. Porém, afirmaram que o governo chinês lançará mais medidas para restringir a prática no futuro.