Especialistas da China e dos EUA esperam mais cooperação recíproca entre os dois países
O presidente dos EUA, Donald Trump, realizará sua visita oficial à China entre dias 8 e 10 de novembro. A delegação empresarial dos EUA vai se encontrar com empresas chinesas para explorar mais cooperações bilaterais.
Em outubro deste ano, a empresa chinesa de nova energia, BYD, concluiu a terceira fase de sua fábrica de ônibus elétrico em Lancaster, Califórnia, EUA. Com uma área total de 41 mil metros quadrados, essa é a primeira fábrica de capital chinesa nos EUA e também a maior do gênero no país. A diretora do departamento de relações públicas da BYD, Li Wei, disse que a empresa investiu cerca de US$ 230 milhões no mercado de ônibus elétrico, desde 2013, ocupando 80% do mercado norte-americano.
“Todos os produtos da BYD são de nova energia, muito favoráveis ao ambiente. Além disso, cerca de 95% dos empregados da BYD são habitantes locais. Até o momento, nós já contratamos mais de 800 trabalhadores norte-americanos para a fábrica em Lancaster. Uma em cada 21 famílias da cidade trabalha na nossa empresa.”
A cooperação econômica e comercial é uma parte importante da visita de Trump à China. Acompanhando o presidente, uma grande delegação empresarial norte-americana vai visitar a China e terá cooperações mais profundas com empresas chinesas, especialmente no setor de nova energia. Entre 2001 e 2016, o superávit comercial dos EUA com a China cresceu de US$ 8,3 bilhões até US$ 347 bilhões.
Os EUA iniciaram em agosto a “investigação 301” contra a China, que envolve investigações de transferência de tecnologia e de propriedade intelectual. A ação unilateral gerou uma preocupação ao protecionismo comercial. A ex-representante comercial dos EUA, Charlene Barshefsky, disse que o protecionismo comercial é inimigo da China e também dos EUA.
“Acho que a China e os EUA assumem grande responsabilidade no sistema de governança global e, por esta razão, precisam estabelecer uma relação bilateral de reciprocidade e não de protecionismo comercial.”
Atualmente, os dois países mantêm uma relação cada vez mais estreita em diversas áreas. O professor da Universidade de Negócios e Economia Internacional da China, Cui Fan, disse que a cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA vai entrar em uma nova fase de desenvolvimento.
“Acho que a relação comercial sino-norte-americana vai expandir, do mercado de commodities ao mercado de elementos, ou seja, para as áreas de capital, tecnologia e talentos profissionais.”
Para os especialistas, com a visita de Trump à China, os dois países vão atingir mais consensos em áreas de comércio bilateral de forma mais equitativa e recíproca.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Diego