Acadêmicos chineses focam futuro do BRICS
A 9ª Cúpula do BRICS será realizada entre os dias 3 e 5 deste mês, na cidade chinesa de Xiamen, no sul da China. O Centro para China e Globalização (CCG, na sua sigla em inglês) realizou hoje (1), em Beijing, um simpósio para discutir o significado da 9ª Cúpula do BRICS e o futuro desse mecanismo de cooperação.
Oito acadêmicos chineses participaram do simpósio. Além de fazer uma retrospectiva das cooperações entre os países membros do BRICS, discutiram sobre suas expectativas para esta edição da cúpula, o futuro do grupo e os desafios que deve enfrentar. Chegaram à unanimidade de que a reunião em Xiamen vai injetar novas forças às cooperações econômicas e comerciais entre os mercados emergentes.
O pesquisador sênior do CCG e diretor da Comissão Acadêmica da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Renmin, Yin Hong, elogiou o papel que os países do BRICS desempenham sob o contexto da atual situação internacional.
“O ´novo tipo de globalização ´ necessita de diversas forças. O BRICS, como um grupo, é um dos pioneiros para formar essa nova globalização. É uma vanguarda em prol das cooperações internacionais. O bloco serve também com uma força pioneira para criar um novo cenário na política internacional.”
Ao longo da última década, o mecanismo do BRICS se torna cada vez mais maduro, com sua direção de desenvolvimento mais definida. A cúpula, em Xiamen, marca a entrada na segunda década do funcionamento desse mecanismo. O pesquisador da Academia de Ciências Sociais da China, Xu Xiujun, comentou sobre o aperfeiçoamento do mecanismo de cooperação do BRICS.
“Os cinco países devem criar uma grande plataforma para a formação de um mercado integrado. Em segundo lugar, o BRICS deve servir como uma força para impulsionar as cooperações sul-sul. O mecanismo deve ser aberto para mais países em desenvolvimento. Terceiro, o BRICS deve conduzir os mercados emergentes a participar mais da governança global.”
Para a pesquisadora sênior do CCG, Zhou Xiaojin, o BRICS deve incentivar mais cooperações entre os países em desenvolvimento, a fim de enfrentar os riscos da incerteza da economia mundial.
“Para mim, um dos destaques da cúpula, em Xiamen, é a proposta sobre o ´BRICS +´, o que pode contribuir mais para o equilíbrio do desenvolvimento global. A reunião, em Xiamen, inclui na sua agenda as conversas entre os líderes dos países do BRICS e chefes de outras economias emergentes. A iniciativa ajuda a promover a prosperidade global.”
Tradução: Inês Zhu
Edição: Diego Goularte