​Chanceler chinês mantém boas perspectivas para cúpula em Xiamen

A chancelaria chinesa promoveu hoje (30) em Beijing uma coletiva de imprensa para informar às mídias chinesas e de outros países dos preparativos da 9ª cúpula do BRICS, a ser inaugurada brevemente em Xiamen, no sul do país. O chanceler chinês, Wang Yi, disse acreditar que o encontro vai assentar uma sólida base para o BRICS acolher sua segunda “década dourada”.

Wang Yi revelou na coletiva que na tarde do dia 3 e na manhã de 4 de setembro, será realizado o Fórum Empresarial do BRICS, o maior do gênero desde a primeira cúpula do grupo. O presidente da China, Xi Jinping, comparecerá à cerimônia de inauguração da cúpula, onde proferirá um discurso temático. O encontro dos líderes dos países membros acontecerá na manhã do dia 4. Xi Jinping vai presidir tanto a reunião em grande escala quanto a conversa em pequena escala.

“No encontro em pequena escala, serão discutidos temas como a situação econômica global, governança da economia global, questões regionais e internacionais de destaque, segurança de Estado e desenvolvimento nacional. Na reunião em grande escala, estarão na pauta da discussão o aprofundamento das cooperações entre os países membros do BRICS, desenvolvimento dos intercâmbios culturais e de recursos humanos e o aperfeiçoamento do mecanismo. Será aprovada a Declaração de Xiamen, documento que refletirá os consensos a serem alcançados pelos cinco líderes.”

Para o chanceler chinês, o surgimento do mecanismo do BRICS foi um resultado inevitável da evolução da estrutura global e da mudança de poderes no cenário mundial; o crescimento do BRICS indica a elevação contínua da posição e do papel dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento na governança global. Após uma década de desenvolvimento, o BRICS se tornou uma força essencial para impulsionar o crescimento da economia mundial, transformar a ordem internacional e salvaguardar a paz e a estabilidade internacional.

“A partir de 2017, as cooperações entre os países do BRICS entrarão na segunda década. Nesse ponto essencial, a China assume a presidência rotativa do mecanismo. A situação internacional vivencia transformações profundas. Como representantes dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento, o BRICS tem a responsabilidade e também a capacidade de enfrentar diversos desafios globais e desempenhar um papel construtivo. A China está disposta a trabalhar em conjunto com os outros países membros para reforçar as cooperações entre o grupo.” 

O chanceler chinês falou também das suas expectativas quanto a esta edição da cúpula.

“Os cinco países devem formar uma força maior, falar com voz mais alta, assentar uma base social mais sólida, construir uma parceria mais ampla e forjar um mecanismo mais eficaz.”

Tradução: Inês Zhu

Edição: Layanna Azevedo