Comentário: Os EUA, "comerciantes de guerra", ainda estão jogando lenha na fogueira
Até hoje, 24 de março, o conflito militar russo-ucraniano já dura um mês inteiro. Do cientista político estadunidense, John Joseph Mearsheimer, ao presidente sul-africano, Matamela Cyril Ramaphosa, cada vez mais personalidades internacionais acreditam que a causa principal da tensão entre a Rússia e a Ucrânia está na expansão por anos da OTAN para o leste da Europa. O Ocidente, particularmente os EUA, assume a maior responsabilidade pelo desastre na Ucrânia.
Com uma mentalidade de Guerra Fria, os EUA pressionaram cinco vezes a expansão da OTAN para o leste. A OTAN incluiu vários Estados do Leste Europeu como membros, constantemente ultrapassando o espaço estratégico da Rússia e cruzando a linha vermelha da segurança da soberania russa. A Rússia então deixou claro que estava muito preocupada com sua própria segurança e que se opunha estritamente à adesão da Ucrânia à OTAN. No entanto, pouco antes da eclosão do conflito russo-ucraniano, os Estados Unidos foram intransigentes em suas negociações com a Rússia, alegando que a OTAN não suspenderia sua expansão para o leste. É claro que o governo dos EUA queria um conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia.
Além disso, os EUA enviaram continuamente ajuda militar à Ucrânia. Após o início do conflito, os EUA e seus aliados ocidentais impuseram sanções abrangentes à Rússia e continuaram fornecendo ajuda militar maciça ao lado ucraniano, alimentando ainda mais a crise. De acordo com um memorando assinado pelo presidente dos Estados Unidos, em 16 de março foi permitido ao Departamento de Defesa dos EUA fornecer armas no valor de US$ 800 milhões à Ucrânia. Em 21 de março, o Departamento de Defesa dos EUA chegou até a ameaçar fornecer à Ucrânia sistemas de defesa aérea de longo alcance.
Como disse o ex-congressista dos EUA, Tulsi Gabbard, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, poderia realmente ter impediro o conflito se tivesse prometido não admitir a Ucrânia na OTAN. Um apresentador da Fox News também disse recentemente em seu programa: "Os Estados Unidos não devem provocar a Rússia... Devemos reconhecer que esta é uma guerra evitável".
Essas críticas não fazem os Estados Unidos, "comerciantes de guerra", repensarem suas ações. Pelo contrário, o país quer ver um conflito cada vez pior entre a Rússia e a Ucrânia.
Vale a pena notar que o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivander, disse recentemente que o conflito russo-ucraniano "não terminará de forma fácil ou rápida". Isso é exatamente o que os EUA querem, ou seja, empurrar a Rússia e a Ucrânia para mais combates a fim de alcançar seus múltiplos objetivos - suprimir a Rússia, conter a Europa, alimentar seu próprio complexo militar-industrial e consolidar a sua hegemonia.
tradução: Shi Liang
revisão: Erasto Santos Cruz